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sábado, 9 de junho de 2012

The ugly tie e as crônicas de Severino

Ontem, fui para o trabalho com uma gravata no mínimo interessante, com flores(não ria)e zigotos em volta(ok, pode rir um pouco, chega) e nem me importei com os comentários. Minha gerente disse: "que gravatinha hein...". E eu na defensiva: feinha, né? Talvez ela não seja bonita mesmo, mas foi por isso que eu quis usar e também para mudar um pouco. Revisitando gravatas antigas do meu pai e avô. Tesouros encontrados.
Eis que no caminho para casa, no ônibus tinha um cara de uns 30 e pouco se sentindo o macho alfa, totalmente bêbado com uma lata de uns 200 ml de cerveja. Que isso, Brasil? Ele queria que o motorista fosse mais rápido.
Coloquei o nome dele de Severino e ele representa uma parcela estragada do nosso país. A mesma parcela que se solta um pum posta no Facebook e que acha o ponto alto da sua vida, ficar em barzinhos de esquina curtindo Eu quero tchum- eu quero tchá. Pois bem, o cara cismou que o motorista estava lerdando porque trocou algumas palavras com uma passageira. E começou a filmar.
O momento mais bizarro foi quando o cara deu o sinal umas seis vezes, pois esqueceu aonde desceria. E ao se  encontrar( eu acho que ele ainda estava perdido), ele agradeceu ao motorista e que Deus o abençoasse. Que que isso, minha gente? Isso é podridão do ser humano, tá, o coitado podia não estar completamente lúcido, mas daí resolver filmar um suposto vídeo incriminando o motorista, daí é maldade.
Pra mim isso é hipocrisia.
E o mais incrível é que tem sempre um Severino perto de você. No trabalho, na escola, no metrô, em filas de lotérica, em filas de fast-food, os trajetos dos Severinos diários são muitos.

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