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quinta-feira, 7 de março de 2013

Do Estado novo a o Golpe de 64



Do Estado novo a o Golpe de 64

Em novembro de 1937, Getúlio tem plenos poderes através de um Golpe
de Estado. Por meio do DIP (Departamento Imprensa e Propaganda), a imprensa
é mais uma vez censurada. Uma das atribuições do DIP era assustadora: o
suborno a jornalistas e donos de jornal. Em 1938, Samuel Wainer fundou a
revista Diretrizes para derrubar a ditadura no Brasil. O mesmo cria em 12  de
junho de 1951 o jornal A ùltima Hora.

A Time se referiu à publicação de Wainer
como algo jamais visto no Brasil. Com destaque para a primeira fotografia
colorida em jornais brasileiros, para a coluna “A vida como ela é” de Nelson
Rodrigues e para seção O dia do presidente ( copiada do EUA). O declínio da
Última Hora começa com o Golpe militar de 1964. A Tribuna da Imprensa, de
Carlos Lacreda, criada em 1949, foi um dos primeiros jornais a se colocar contra
o poder.

A imprensa e os “anos de chumbo”

Lembram-se dos pasquins? Em 1969, surge o O Pasquim em referência
àqueles jornais temáticos.  De estilo irônico e divertido, tinha
entrevistas que iam pro papel sem edição e chrages da “patota” do naipe de
Henfil, Jaguar e Ziraldo, entre outros (leia mais na reportagem também em
nossa biblioteca virtual).

O Pasquim surge um ano depois daquilo que alguns consideram “o Golpe
dentro Golpe”. Mas já voltamos a isso... Um marco em 1966 é a revista
Realidade cujo principal traço era um jornalismo de texto, onde o repórter vivia
como um personagem do fato relatado. Nascida em meio a ditadura teve tiragem
em torno de meio milhão de exemplares, editada por Victor Civita tinha
jornalistas Carlos Lacerda e José Hamilton Ribeiro.

Civita falava sobre a
pretensão da revista: “Informar , divertir, estimular e servir nossos leitores com
seriedade honestidade e entusiasmo”. Promessas difíceis de serem cumpridas
naqueles tempos, ainda mais dois anos depois com a implantação do Ato
Institucional n. 5, que decretou o fim da liberdade de expressão no Brasil.

O AI 5  de 1968 (o ano que não acabou, como nos mostrou Zuenir
Ventura em brilhante livro) freia todas as instituições democráticas do
país.

Uma das capas do Jornal do Brasil*  (fundado em 1891 por Rodolfo
Dantas) de dezembro de 68 é exemplar  “O país está sendo varrido por fortes
ventos. Máxima de 38º em Brasília, Mínima 5º nas Laranjeiras”. Era o relato do
clima violento no Brasil daqueles dias. Nessa mesma página, a memorável
frase:”Ontem foi o Dia dos Cegos”

(http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=6283).

Na equipe do JB naquele momento, estavam Alberto Dines e Carlos  Lemos.  Enquanto os
governos militares tentavam vender a imagem do “Pra frente Brasil”, a imprensa
calava-se ou apoiava essa posição. Isso já é outra história.

Com a redemocratização e o fim do perído militar, a imprensa ingressa em
uma outra etapa. Os vínculos entre jornalismo e publicidade tornam-se mais
fortes. Novas técnicas de impressão, criação de parques gráficos e toda uma
logística de produção se implementa. As velhas relações com o poder acentuamse. Os excessos da imprensa acentuam-se também.

Direto do Estácio Textos.

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