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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Submetendo à vontade de Deus

Foto: Edemias Del Mestre

Extraído
Surdos foram agraciados com o som, cegos presenteados com cores, mortos voltaram a respirar, aprisionados por espíritos malignos foram libertos… Quantos foram os milagres de Jesus? Nem mesmo João, testemunha ocular, soube responder.
Os pés de Jesus viveram cercados pelos da multidão entre um curto espaço de tempo e enorme distâncias das suas andanças pela Terra. No entanto, seus passos se distinguiam aos da multidão, pois o Seu caminhar era diferente… era um caminhar doador.
Jesus foi a casamentos, funerais, templos, entre outros lugares. Ele comeu, bebeu, riu, irritou-se, compadeceu-se, viveu entre os homens e com homens, mas naquela noite, estava só. Sentia-se só. Foi uma noite de oração com os joelhos flexionados. Uma noite em que a oração foi acompanhada por suor e suor com sangue. Às vezes, fico pensando e, por mais que me esforce, não consigo mensurar a agonia de Jesus em forma de suor marcado por enormes gotas de sangue.
Naquela hora, Ele orava, entregava Sua vontade e se submetia ao querer do Pai. Também clamava para que, se fosse possível, o Senhor o afastasse daquele cálice. Porém, a única coisa com que se deparou foi com o silêncio do Pai. Jesus sabia que em Seus próximos momentos de vida, todo o pecado da humanidade o cobriria e Ele teria que carregá-los nos ombros, pesadamente. Ele também sabia que aquele silêncio do Pai era devido à consequência do pecado: o afastamento de Deus. Jesus experimentou o terrível silêncio do Senhor: a dor mais profunda na Sua alma.
Onde estavam as multidões que o seguiam? Onde estavam todos os que foram curados? Onde estavam todos os que foram alimentados? Nem sempre o lugar da vontade de Deus é um lugar confortável. Às vezes, é o lugar mais incômodo e difícil de se estar. Jesus tinha tudo para desistir, pois sabia qual era o preço da sua submissão. Contudo resolveu entregar a sua vontade para o Pai e deixar que Ele decidisse seu futuro. Jesus cedeu o seu querer pela possibilidade de se alegrar com o fruto daquele penoso trabalho. Ele abriu mão da Sua vontade para viver a maior de todas as agonias, bem como a maior de todas as alegrias ao olhar para você e para mim como irmãos. Hoje, Ele viu que valeu a pena.
Permanecer no lugar determinado por Deus sempre vale a pena, ainda que seja com dor. Logo a alegria virá! Acredite!
“Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si”. (Isaías 53.11)

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