Total de visualizações de página

sábado, 26 de julho de 2014

Nashville - 1x20/21 A Picture From Life’s Other Side/ I’ll Never Get Out Of This World Alive(Season Finale)



Xeque-mate.

Os bastidores da turnê se incendeiam com o casal Deacon e Rayna, Juliette e Avery se aproximam e ele é o seu novo guitarrista, mas depois de Dante, não vai ser muito rápido para ela se envolver com um outro homem. Falando em Dante, ele retorna à cena para arrancar mais dinheiro de Jules ou pelo menos tentar com uma sex-tape. O que detona ainda mais a chance da beldade ganhar o cobiçado prêmio de artista do ano.

A carreira solo de Gunnar lhe separa aos poucos de Scarlett, somado ao desastroso beijo que o rapazinho levou do vizinho Will. É hora desse caubói ganhar um pontapé no traseiro, mas Gunnar não pode negar o fato ou apenas optar por mudar com Scarlett por conta disso, só se ele tiver gostado do negócio, aí são outros 500.

O semancol falta tanto que Will vai na cara e na coragem tentar uma apresentação ao vivo para Rayna. Deixa ela pelo menos convidar você, seu samango.












Com a recuperação de Lamar em curso, Tandy assume o posto de megera da família. Orquestrando sabotar Teddy. Agora, ela vai além, para comandar as empresas, nem que tenha que interditar o próprio pai. Isso que é cobra criada.

Evitando criar mais escândalos, Juliette acaba permitindo que Dante crie terreno, quando já devia ter acionado a polícia. Rayna e Deacon preparam as meninas para a revelação do namoro das duas. Quem ganha é o público com mais uma parceria das irmãs Stella. Mas Papai Teddy não gosta muito da cena. E procede já que Rayna fez todo um auê com a presença de Peggy na casa.

Scarlett fica surpresa por Gunnar usar a música escrita por Jason, que vende um comportamento muito diferente do seu. Mesmo convencido, Will ganha uma chance, afinal Rayna é generosa. Mas cá entre nós, até Avery ficou mais simpático nesse finzinho de temporada.

Recalcado, Teddy emite uma ordem judicial que afaste no mínimo as meninas de Deacon em 30 metros. Isso é um reflexo de perder o amor da filha, que é filha mesmo de Deacon. Cego pelo mesmo recalque ele avisa a ex que tem poder para fazer o que quiser como prefeito. Teddy precisa enxergar que o relacionamento da ex não influencia no laço de criação e amor com as meninas.

Jolene tem uma recaída que se pronuncia com a mãe de Jules comprando oxy. E para duas pessoas tão unidas, meio sem sentido esse afastamento de Deacon e Juliette, tudo bem eles se estranharam com a loira bêbada, mas e cadê a redenção pela amizade dos dois? Meio avulso isso.

E jogar todo o avanço da loirinha na lixeira, por mais que esteja num momento caótico de sua vida. É resumir a personagem num limbo de situações. Mas não estamos nos primeiros episódios, é reta final, baby e essas oscilações não afetam a atuação de Hayden Pannetiere nem sua comoção junto ao público. Ainda com todos os altos e os baixos, a personagem é querida.

Mais uma vez é compreensível, esse humor diante da traição de Dante e a inconsistência de seu lar com o vício da mãe, mas passamos por isso em 70% da temporada, que a morte de Jolene evolua a estrela e o ser humano dentro dela.

Seu passado te condena. (Review por Flavia Barcellos)
Um gênio brasileiro disse uma vez que o mal do século é a solidão. Sabias palavras pronunciadas. O que gosto sobre este drama de Nashville é que não estamos mergulhando em situações delirantes, mas em problemas do nosso mundo contemporâneo, não que alguém aqui seja uma estrela, mas existe uma cultura mais avassaladora do que nunca de idolatrar pessoas por feitos cada vez menores, que às vezes, são tão ou mais falhas que nós mesmos.
É tão difícil assim encarar nossos problemas? Tentar escapar pode até funcionar ao primeiro instante, mas vai consertar a nossa vida? Talvez, se as pessoas procurassem viver uma vida que não precisassem fugir, de repente tudo seria melhor. É neste exato ponto que se observam os problemas da maioria dos nossos queridos personagens.
Juliette, mergulhada na própria arrogância a espera de afeto. Uma total contradição. Admirada e invejada por multidões, não é amada por ninguém. Como a própria disse, tentou por toda vida ser alguém que seria forte, crescer e mudar a sua história. No fundo, tudo ao que ela se resumiu, era uma mentira. Juliette nunca quis ser rica e viver no luxo, ela só queria ser outra coisa além dela mesma. Não adiantou fugir, o passado a encontrou e todo esse tempo driblando a verdade só fez ser mais dolorido e culposo para ela. Descobrir que a mãe morreu tentando a proteger, de repente traga um pouco de humildade e segurança para Juliette, mas esse caminho a percorrer será muito longo.
Rayna comeu o pão que o diabo amassou por amar um dependente. Ao descobrir que estava grávida, ela não tinha mãe, não contava com o pai e não tinha Deacon. A solução mais simples foi casar-se com um homem que não amava, dar uma família a qualquer custo para a filha e tentar esquecer o que havia acontecido. Mais uma vez, ignorar a verdade não resolveu seus problemas para sempre.  Maddie agora sabe que é filha de Deacon, e em vez de confrontar a mãe, foi atrás de quem suspeitou ser seu pai e criou uma tragédia. Particularmente, eu acho Maddie uma das personagens mais chatas de todo enredo. Não confrontar a mãe e envolver terceiros nesta história por apenas suposições, foi uma atitude irritante. O passado de Teddy também não ficou para trás. Seu pequeno deslize corrupto voltou para assombrá-lo e trazendo cada vez mais más notícias. Peggy, cobra traiçoeira, está grávida. Ele não queria ter um filho? Agora conseguiu. Espero que dessa vez seja realmente o pai.
Mudando para o lado menos bombado de Nashville, Will está nos saindo um tremendo fanfarrão. Primeiro fazendo fofoca sobre o encontro de Scarlett e Avery, a propósito, me corrijam se estiver errada, mas não me lembro de alguma vez Avery ter sido mencionado para Will. Depois, dormindo com uma mulher que aparentemente poderia proporcioná-lo alguma coisa. Reforçando o que ele disse: Will fará qualquer coisa para subir na vida. Até que ponto vale a pena ser amigo de uma pessoa deste tipo? Será que uma pessoa solta no mundo e sem laços significativos com ninguém tem algum tipo de escrúpulo? Dúvidas a parte, parece que o passado também o alcançou. Quem será aquele misterioso homem que o viu no bar e o desconsertou? Será o fim da fachada de Will?
Quem resolveu deixar a fachada de lado foi Gunnar. Depois de finalmente ter sido preso e conquistado a imagem errada que gostaria, Gunnar preferiu escolher Scarlett. Seria tarde demais para voltar atrás? Scarlett está balançada pelo seu passado com Avery? O que será que ela responderá ao pedido de casamento do namorado? Apesar do apelo desta cena, o momento mais forte de Scarlett com certeza foi presenciar a lamentável recaída do tio.
Deacon não era exemplo de pessoa equilibrada. Alcoólatra, tentar fugir dos problemas era uma especialidade, e isso, foi o que ele fez ao sinal da grande crise que apareceu. Infelizmente, mais uma vez, seus deslizes custaram caro. Procurar Teddy para um confronto só resultou em mais humilhação moral. Se isso fosse o maior dos problemas, era só tomar mais uns goles, mas a verdade derradeira causou um grave acidente de carro que põe a vida dele e de Rayna em perigo. Deacon tentou oferecer apoio a Juliette, mas neste momento ele tinha problemas pessoais para resolver. Aparentemente, todo mundo tinha, e isso leva Juliette ao seu estado maior de solidão.
Dizem que os verdadeiros amigos aparecem nos momentos mais difíceis. Rayna e Juliette estão longe de serem pessoas que se importam uma com a outra, mas estes momentos, de alguma forma, parece ter aproximado as duas. A cena que ilustra este post foi um grande exemplo de maturidade das duas partes e respeito. Talvez o que separa Rayna James e Juliette Barnes é a experiência. E o prêmio CMA? Um mero detalhe diante de toda essa montanha russa. Na vida de Juliette não fez quase diferença alguma, isso serviu para aprender que a verdadeira felicidade não está na opinião dos outros. Menções honrosas também para a cena com a mãe no caixão, a música de encerramento e a cena no camarim. Hayden Panettiere aniquilou esta temporada.
Assistindo a toda essa história, compreendemos os motivos de cada vez maiores filas em consultórios psiquiátricos. Nós, seres humanos, temos grande dificuldade em entender a nós mesmos e lidar com nossas questões internas e estamos sempre buscando meios alternativos de preencher os vazios e frustrações, porém a verdade não pode ser evitada, somente adiada, mas com certeza é um remédio que cura todas as nossas doenças emocionais.
Finalizamos a primeira temporada aqui com um avanço sensacional em audiência na season finale e um bom motivo para continuar junto com esta série. O que esperam da segunda temporada? Alguma coisa decepcionou nesta primeira? Quais caminhos acham que a série vai ou deve seguir? Palpitem! Nos vemos na próxima temporada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário