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sábado, 12 de julho de 2014

Homens ou árvores?

 Extraído do Portal Lagoinha
“E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa. E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam. Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e o fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu a todos claramente”. (Marcos 8.23 a 25)
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Galhos no lugar de braços, tronco em vez de pernas: era assim que um cego passou a enxergar as pessoas, depois de Jesus aplicar saliva nos olhos dele. Ele via homens como árvores! Mas homens não são árvores.
Árvores não sentem medo, ódio ou precisam de coragem para avançar. Árvores não carecem de perdão, nem de remissão dos pecados. Elas não pecam. Árvores tiram alimento do solo e do sol, elas não precisam ir ao supermercado com dinheiro para comprar comida e nem morrem desnutridas por falta dele. Árvores não precisam de cobertores nas noites frias de inverno.
Elas não têm sangue para congelar. Árvores não ficam esperando por misericórdia nas longas filas dos atendimentos médicos. Árvores não assaltam, não mentem e não se ofendem ainda que alguém fira seu tronco por causa de uma “estúpida” declaração de amor. Árvores não correm para o mal, aliás, elas nem mesmo correm! Árvores não blasfemam, não murmuram e não xingam nem mesmo o time alheio…
Aquele homem precisava do segundo toque do Mestre para enxergar a realidade que o cercava. Então, Jesus o tocou novamente e assim ele ficou definitivamente restaurado, vendo como se deve ver.
Aqueles velhos jogados na rua fria não são árvores. O jovem preso nas drogas não é uma árvore. A mulher espancada sistematicamente não é uma árvore. O mendigo que come o resto do nosso lixo não é árvore. As crianças abandonadas não são mudinhas de árvores! Precisamos ter coragem, pedir o segundo toque de Jesus e abandonar o conforto da visão deformada. O princípio da compaixão é a empatia que temos pelo próximo.
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. (Marcos 12.31)                                                    
 ::Nilma Gracia Araujo 

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