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domingo, 2 de dezembro de 2012

Revenge - 1x03/04 Betrayal/ Duplicity


1×03: Betrayal
Em mais um episódio sem sal, o próximo da lista de Emily é o senador Tom Kingsly, que, na época do julgamento de seu pai, foi o promotor responsável pela condenação. Para não dizerem que ele era um “who?” até o episódio atual, o promotor já havia aparecido em vídeos do julgamento no episódio anterior.
Resumindo o plano: vídeos, amante, chantagem anônima, desistência da carreira política e a danadinha da Emily vazando os vídeos para a imprensa anyway. É até difícil dizer qualquer coisa além de: mais uma vingança chata, sem graça e sem sentido. Não consegui torcer pelo senador, não consegui torcer por Emily, e achei o final de episódio mais previsível até agora.
Por outro lado, tiro o chapéu para Emily VanCamp, que finalmente começou a acertar o tom de Emily/Amanda. Pela primeira vez, ela não parecia forçada quando fingia ser boazinha e, ao mesmo tempo, passou muito bem sua raiva e sede de vingança quando conversava com Nolan, no fim do episódio.

Além disso, as tramas paralelas à vingança melhoraram bastante, com destaque para osflashbacks, que mostram que Victoria não é tão megaevil quanto parecia, tendo realmente amado o pai de Amanda. Coube a Conrad o papel de vilão nessa época.
Percebemos também que o namoro de Emily com Daniel é realmente calculado. Como quem não quer nada, ela o leva ao restaurante onde trabalha o irmão da garota que Daniel atropelara embriagado, razão pela qual o rapaz parou de beber. Depois de uma confusão das boas, Emily instiga o namorado a conversar com a vítima e limpar sua consciência, contrariando Victoria.
Isso nos gera uma dúvida: Emily está começando a se importar com Daniel, ou tudo continua sendo parte do plano? A dúvida convenceu, e gostei da expectativa. Mas deixo claro que, se a mexicanização imperar e ela realmente começar a se apaixonar pelo filho de Victoria, reviews frustradas começarão a aparecer por aqui.
De resto, temos Jack e Declan tendo de lidar com a perda do pai, com consequente amadurecimento do adolescente, que, graças a Nolan, tem uma oportunidade para se vingar do namorado de Charlotte. E, quando eu achava que a cota de surpresas do episódio havia se esgotado quando os roteiristas deram um coração à Victoria do passado, descubro na última hora que o rapaz abriu mão da vingança e decidiu conquistar a garota por si mesmo. Ok, seria mais legal ver o adolescente do lado errado da força, mas alguém precisa ter princípios nessa série, não é mesmo?
Momento impagável da semana: as caras de Victoria nas duas vezes em que Emily consegue pequenos triunfos sobre ela. Valeram o episódio morno.
1×04: Duplicity
Nunca antes na história de Revenge a vingança de Emily foi tão pessoal quanto neste episódio. A Dra. Michelle Banks, psiquiatra, não teve nenhum envolvimento direto na condenação de seu pai. Entretanto, por uma oferta generosa da megaevil Victoria Grayson (que neste episódio faz por merecer o título de megaevil), ela aceita manter a pequena Amanda enclausurada numa instituição e longe do pai por toda a infância. Shame on you, doutora!
O plano desta semana é simples e eficaz: hackear o computador de Michelle, roubar as gravações das sessões de todos os pacientes e expô-las publicamente durante um evento de caridade de Victoria com a presença da doutora.
Para não perder o costume, vamos mergulhar fundo nesse roteiro: Victoria, que conhecia a doutora bem antes de Emily, não fazia ideia de que suas sessões eram gravadas. Mas Emily, que de algum modo sabe tudo sobre todos, não deixou esse detalhe passar. Sinceramente, a esta altura o único jeito de os roteiristas me convencerem da onisciência de Emily seria o uso da paranormalidade na série.
Aliás, vamos tirar um momento para voltar lá atrás, ao piloto, quando Emily deixou claro que não queria parcerias ou alianças ao expulsar Nolan de casa. Retornemos agora ao presente, para constatar que, pelo terceiro episódio seguido, o bilionário foi um importante aliado durante a execução do plano, já que ele sempre entra na jogada quando o assunto é tecnologia. Para alguém que parecia estar bolando um plano por meses, ou até anos, a fio, no qual não desejava contar com ajuda alguma, Emily não estaria meio dependente demais?
Gostei da abordagem da relação entre Victoria e Charlotte. Pena que ela é mal explorada, com o roteiro caindo mais uma vez no clichê quando aproxima mãe e filha apenas para separá-las novamente em seguida, já que toda a sociedade dos Hamptons vê a vilã declarando em uma sessão que às vezes gostaria que a filha não tivesse nascido. Charlotte vai se consolar nos braços de Declan, que, finalmente abandonando o perfil de adolescente revoltado, torna-se agradável e faz com que o casal convença. Essa parte está aprovada, roteiristas!
Mas Emily não para por aí. Como eu disse, o negócio é pessoal agora. E nada mais justo do que sequestrar sua inimiga de infância e deixá-la presa em um depósito indefinidamente, desesperada. Ao ser encontrada, a doutora está visivelmente abalada. E Emily, satisfeita, já que o depósito pertencia aos Grayson, o que torna Victoria a principal suspeita.
Vale ressaltar (pra não dizer “torcer”) que as coisas podem começar a ficar menos fáceis para Amanda de agora em diante. Victoria, finalmente, começa a desconfiar de que Emily possa estar por trás do ocorrido, mas nossa heroína criou uma espécie de álibi ao expor publicamente uma sessão própria de terapia e posar de vítima.
Uma coisa que Emily nem desconfia (ainda) é de que um novo inimigo a cerca: Tyler Barrol, o melhor amigo de Daniel. Cabe a observação: os personagens desta série têm o dom para escolher melhores amigos, não é verdade? Já é o terceiro melhor amigo traíra em quatro episódios! Alô, roteiristas! Anyway, o amigo-da-onça, de intenções ainda desconhecidas, sabota a relação dos dois e ainda faz o filho de Victoria voltar a beber. Sinto que é quase unanimidade, os espectadores de Revenge são #TeamJack, mas, gostem os fãs ou não, o namoro com Daniel faz parte do plano de vingança de Emily, e ainda vai precisar render.
E a série ganhou um excelente plot com a inserção de um inimigo extra para Emily, alguém que, mesmo sem saber dos planos da garota, se tornará uma pedra em seu caminho. Para tornar tudo mais divertido, é claro que Tyler não podia ter caráter algum.
Outro “romance” interessante é o de Lydia e Conrad. Gostei do fato de que, apesar de ter sofrido a vingança de Emily, Lydia continua marcando presença, e, dado o apartamento que conseguiu extorquindo o amante, está bastante por cima. Resta saber se seu papel crescerá ou não. Seria interessante se, no futuro, quando Victoria já estivesse perto de compreender quem é Emily, Lydia se tornasse uma nova aliada da vilã.
Enfim, “Revenge” cresceu bastante neste quarto episódio. O plano de Emily foi menos inaceitável, as tramas paralelas estão ficando mais interessantes e os atores, melhores. Emily VanCamp e Madeleine Stowe já acharam o tom certo para suas personagens e estão conduzindo muito bem a série.
E o mais importante: apesar de ainda estar bastante incomodado com essa história de “caso da semana” (ou “vingança da semana”, se preferirem) e com a ridícula facilidade de Emily para executar cada plano, pela primeira vez estou ansioso para saber o que vai acontecer nos próximos episódios. Quero muito ver Emily esmagando Tyler como um inseto quando descobrir suas armações. Como é bom acompanhar uma série que nos torna pessoas melhores, não é verdade?

Reviews originalmente escritas por Luiz Gustavo Cristino do Série Maníacos

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