Crítica: Terror na Água(Shark Night)

O fim de semana ensolarado perfeito chega ao fim quando Sara(Sara Paxton) e seus amigos começam a ser devorados um a um por tubarões famintos.

A premissa não tem mesmo nada de nova e é jogada na cara de todos nós através de piadinhas de cultura pop e sangue de menos num filme de tubarões realizado pelos estúdios da Disney. Dirigido por David R. Ellis, o diretor do bem bilhetado Premonição 4 e do clássico trash Serpentes a Bordo.

Shark Night 3D foi lançado em 2011 nos EUA e em meados de 2012 em grande parte das salas de cinema do mundo afora. Com um elenco versátil e carimbado de rostinhos e corpichos atraentes, o longa tenta inovar mas cai facilmente nos clichês já diversas vezes apresentados em filmes do gênero imortalizado por Jaws(1993). Não se trata de uma fita de horror psicológico e sim um suspense estilo Tela Máxima.

De positivo há a boa trilha sonora e a boa parte das reviravoltas ignorando a morte em massa do elenco juvenil está nos temidos algozes da turma. De rolé pelo fim de semana numa ilha particular, esses estudantes tem que lutar por seus traseiros de diversas espécies de tubarões e maníacos que televisionam a carnificina em High Definition.

Joel David Moore de Avatar, Katherine McPhee de Smash e Dustin Milligan de 90210 são alguns dos integrantes do elenco. Os efeitos foram bem bolados e o que patina na tela é infelizmente a previsibilidade das mortes(minha mãe anteviu o filme todo tempo).

E falta no fim castigos mais ácidos para a turminha bandida e cruel que em meio a crueldade fatia os momentos mais loucos. Porém o filme é pontual em causar alguns sustos apesar do roteiro escolher saídas mirabolantes na tentativa de reinventar o estilo filme-de-animal-assassino-aquático(Jaws) como na sobrevivência de um personagem após uma também editada cena onde o mesmo perde um dos braços.

Mas seja pelos personagens plásticos ou pelos cortes óbvios de sanginolência, muitos até compremetendo a coesão do longa. Shark Night consegue se manter por uma hora e meia de stamina e Sara Paxton com a parte de cima de um biquíni com enchimento e exibindo os cambitinhos.

P.S: Vale uma olhada no video-clipe cantado pelo elenco logo após os créditos. Só não fique na dúvida após assistir a brincadeira dos atores se o filme foi um musical, um filme de tubarões voadores ou um filme de tubarões voadores e musical ainda por cima. Até que o resultado é condescendente com a proposta família unida da Disney. Razoável, vai. Quem estava esperando que fosse um novo clássico?