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sábado, 22 de setembro de 2012

Fotografia: Uma história com muitos escritores - Parte 1

O processo rudimentar de fotografia esteve atrelado a ideia de captar o real, perdurar uma imagem para lembrança e registro. Uma história com vários processos, vários inventos paralelos e 170 anos de evolução e novos objetivos ligados ao que tinha no início a ideia clara de real. Mas o que é real? O que é subjetivo?
Fotografia literalmente seria a escrita através da luz. Não há fotografia sem luz. Isso é um fato.


Vamos aos principais passos da fotografia em quase dois séculos de existência desta forma de se expressar.

O conceito primordial, precursor, o verdadeiro primeiro passo da fotografia se deu quanto em período de se criar uma nova estética para a pintura, os artistas desenvolveram a chamada câmera obscura ou câmara obscura que consistia num cômodo com apenas uma abertura para luz onde refletia por meio desta brechinha, uma imagem em seu interior. Este foi o start para obterem-se telas tão dinâmicas e texturais.
Porém havia uma singela pera de luz, Daniel Barbaro colocou um pedaço de vidro na fresta para resolver este problema, o que é chamado até hoje de lente/objetiva.

Mas a ideia de se capturar a imagem ainda era vago e precisava ser descoberto.

A era digital da fotografia se perpetuou nos últimos dez anos. Do período de desenho rupestre até o século XVI, houve uma grande evolução com a invenção perspectiva. Nomes importantes: Niépce, Daguerre, Talbot, Florénce e Eastman.

Niépce e Daguerre: fama para um e obscuridade para outro


Em 1826, Niépce usou betume da Judéia, algo similar a asfalto numa placa de vidro, passou tinta em cima, conforme a luz batia, um relevo se formou e ele carimbou em papel.  O processo chamado de heliografia, uma forma de fazer uma cópia positiva de um registro pela exposição de um placa de vidro coberta de asfalto.
Por volta de 1826 obter sucesso, registrando a vista da janela do segundo andar de sua casa, a vista do telhado, esta então considerada a primeira fotografia. O tempo de exposição mínimo foi de oito horas.

A primeira fotografia:oito horas de exposição
Em 1839, Daguerre passa para o composto de prata, fazendo várias chapas e levando-as para a câmara obscura, mas não via nada. Utilizou mercúrio numa mistura de sal para manter a imagem. Nomeando daguerreótipos, as imagens resultantes. Sete meses contornando a sociedade francesa para ele apresentar no dia 19 de agosto sua técnica, portanto, este dia foi declarado o dia da fotografia.

Os daguerreótipos levavam cerca de 30 minutos de exposição. Niépce era mais cientista, enquanto que Daguerre, artista.

Talbot



Invenção anterior na Inglaterra, mas sem anúncio oficial e desenvolveu um processo negativo-positivo(cópias) denominado calotipia ou talbotipia. O projeto dele é similar aos processos de revelação até os anos 1990. Funciona pegando a imagem negativa, fundando a outro papel, expondo a luz novamente a imagem tornava-se positiva.

O papel usado na talbotipia não era tão bom, mas o processo  foi um divisor de águas para  o processo de revelação negativo-positiva

Florénce - descoberta isolada da fotografia no Brasil



 Em 1833, quando Hercule Florénce, residente da pequenina Vila de São Carlos(atual Campinas) realiza as primeiras imagens de fotografia. Seu processo foi chamado de negativo-positivo e permaneceu na obscuridade até 1980, quando o historiador Boris Kossoy publicou suas pesquisas.

Características da fotografia em seus primeiros anos:

-Longos tempos de exposição;
-Diversidade de processos;
-Químicas tóxicas;
-Equipamentos grandes, pesados e de difícil porte.

A fotografia chegou no Brasil em 1840 pelas mãos do abade Louis Compte, capelão de um navio-escola que aportou no Rio de Janeiro. Introduzindo a daguerreotipia no Brasil. O imperador Dom Pedro II, com 14 anos, encomenda um equipamento de daguerreotipia em Paris. Possivelmente, a primeira máquina fotográfica em mãos brasileiras.

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