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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Fotojornalismo - Introdução, curiosidades e grandes nomes



fotojornalismo é um ramo da Fotografia onde a informação clara e objetiva, através da imagem fotográfica, é imprescindível. Também pode ser considerado uma especialização do Jornalismo.
Através do fotojornalismo, a fotografia pode exibir toda a sua capacidade de transmitir informações. Essas informações são transmitidas pelo enquadramento escolhido pelo fotógrafo diante do fato. Nas comunicações impressas, como jornais e revistas, bem como pelos portais na internet, o endosso da informação através da fotografia é uma constante.

 A fotografia nos meios de comunicação é muito importante como uma fonte de informação. Atualmente, matérias jornalísticas destacam-se com a presença da fotografia.
fotografia em preto e branco publicada em jornais, existe há mais de cem anos e é uma das características do fotojornalismo. Embora, a fotografia colorida tenha ganhado espaço nessa categoria no Brasil, no início dos anos 70 com as revistas semanais brasileiras MancheteVeja e Realidade, entre outras.
Alguns gêneros de fotografia jornalística podem ser destacados:
  • Fotografia social: Nesta categoria estão incluídas a fotografia política, de economia e negócios e as fotografias de fatos gerais dos acontecimentos da cidade, do Estado e do País, incluindo a fotografia de tragédia;
  • Fotografia esportiva: Nessa categoria, normalmente as informações de lances individuais influi na sua publicação;
  • Fotografia cultural: Este tipo de fotografia costuma chamar a atenção para a notícia antes dela ser lida;
  • Fotografia policial: Categoria associada a imagens de combate, apreensão e ou repressão policial, crimes, mortes. Este tipo de fotografia, muitas vezes, recebe destaque na sua publicação, o que provoca as mais variadas reações diante dos fatos.
     
A fotografia, na época de seu nascimento, em plena era positivista,  já foi vista como um registro da verdade, um “espelho do real” e assim foi concebida pela imprensa da época. Mas esse cenário mudou: atualmente, a fotografia é entendida como uma interpretação da realidade, não mais o seu retrato fiel.
      Apesar de, inicialmente, ser vista como um reflexo direto do real, os jornalistas resistiram durante muitos anos, a usar as imagens fotográficas, por não acreditar no seu potencial informativo e também por não se adequar à estética jornalística da época, que preferia a reprodução da foto por meio da gravura.  Os conflitos bélicos foram fundamentais para mudar essa situação, pois as guerras foram palco de grandes reportagens fotográficas. A partir desse tipo de fotografia, o jornalismo foi incorporando o uso de imagens fotográficas à sua narrativa.


Conceitos:

A história do Fotojornalismo e a reportagem Ilustrada. Surge então, um novo tipo de imprensa, denominada de imprensa ilustrada. A partir da litografia e da xilografia as fotografias poderiam ser impressas nos jornais.

A fotografia como “O espelho do real”. A documentação imagética do mundo como realismo, o surgimento da fotografia como prova irrefutável do real, a carga dramática da fotografia supera a pintura.

As fotografias de Guerra: os conflitos bélicos como tema principal. As fotografias de Guerra ganham destaque como tema principal para os periódicos da época, nasce o fotojornalismo.

Os primeiros repórteres fotográficos, a Guerra da Criméia, a Guerra da Secessão e o desenvolvimento do fotojornalismo.  A cobertura da Guerra da Criméia, da Guerra da Secessão e o desenvolvimento do fotojornalismo, as primeiras imagens, o surgimento da primeira agência de fotos distribuidoras da realidade. Esses episódios marcaram uma nova relação do público com a informação, que  passa a exigir que o tempo entre o fato e sua divulgação seja cada vez menor. Pode-se deduzir, portanto, que a fotografia de guerra e as agências foram atores importantes na evolução do jornalismo.     

No período do pós-guerra, a fotografia jornalística e documental encontrou novas formas de expressão, no entanto, devido à popularização da fotografia na imprensa, começa a existir uma certa proliferação de imagens de “fait-divers”. As agências de notícias contribuíram para essas duas vertentes: documental e factual.
     Apesar da produção “em série”, a criação de agências fotográficas e a oferta de serviços
fotográficos nas agências noticiosas não diminuíram a importância da fotografia autoral, ao contrário, questões importantes como direitos autorais foram consolidadas nessa época, numa demonstração de valorização da fotografia.
     As agências de fotografia contribuíram para o fortalecimento do ofício de fotografia independente, seja na sugestão de pautas ou na abordagem dos assuntos sugeridos pelos veículos de comunicação.  No entanto, segundo Jorge Pedro Sousa (2002), as agências noticiosas, ao contrário das agências fotográficas, pouco estimulam a criatividade. Em contrapartida, para Sousa (2002) estas agências incentivam o aprimoramento técnico, pois  “a concorrência entre as grandes agências noticiosas - AFP, AP e Reuters - deu um novo sentido à batalha tecnológica que veio a permitir a melhoria significativa das condições de transmissão e edição de imagem”.

Hitler em seu apogeu

     Conceitos:

A importância da Associação de Brady como primeira agência distribuidora de fotografias: erros e acertos. O modelo da imperfeição: como a Associação de Brady ajudou a criar as primeiras agências de fotografia.

As agências e o início da fotografia tecnológica. Novas necessidades geram novas ferramentas: como a fotografia se reinventou através da tecnologia.

O surgimento das principais agências (Magnum, Reuters, Amazon): os novos modelos de produção e distribuição de imagens.

A influência das agências internacionais na fotografia Brasileira. O surgimento das agências brasileiras (Ágil Fotojornalismo, F4 e Tyba): a linguagem da fotografia mundial e a construção de um olhar brasileiro.

As news agencies como principais fontes de imagens fotográficas para a imprensa – velocidade, precisão e impacto: a necessidade de um mercado onipresente.


Matthew Brady tornou o fotojornalismo mais acessível às massas
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O acontecimento que marcou novembro de 2008 foram os atentados à cidade de Bombaim, na Índia, tendo sido o hotel Taj Mahal um dos alvos. 
Fotografia de Punit Paranjpe, da agência Reuters.

BRESSON, O PAI DO FOTOJORNALISMO

Porém em meio a introdução, temos que falar do genial pai do fotojornalismo, Henri Cartier- Bresson, o inventor do famoso instante decisivo, o momento chave para captar a essência de um acontecimento ou fato.  Fundador da conceituada agência Magnum Fotos(Agência Cooperativa Magnum, fundada em 1947 em Paris, por quatro fotografos: Henri Cartier-BressonRobert CapaDavid Seymour eGeorge Rodger, foi a pioneira. O movimento de reconstrução da Europa e o progresso tecnológico exigido pela destruição da guerra proporcionaram a criação de uma forma nova de fazer e comercializar a fotografia e discutir sua função. Paris, pela sua importância geográfica e ideológica, facilitava isso. A criação dessa nova forma de agenciar imagens viria modificar toda a história do fotojornalismo no mundo), Bresson trabalhou para vários jornais e revistas importantes. Seus trabalhos possibilitaram que ele viajasse para vários países. Nascido em Canteloup, uma cidade da França, no ano de 1908, Henri sintetiza que para se captar emoção e fazer uma foto o mais verossímil possível, a ode que perdura até hoje para os mais conceituais profissionais do ramo da fotografia, o click depende de uma relação ente olho e coração. Um marco de sua trajetória foi  cobrir os últimos dias da trajetória de Mahatma Ghandi em 1948. Um ano depois, ele registou a fase final da Guerra Civil Chinesa.
Falecido em agosto de 2004, com 96 anos, Bresson é considerado um dos fotógrafos mais brilhantes de todos os tempos. 

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Uma mulher israelita assiste ao curso das cheias perto de Mitzpe Shalem. Fotografia da Agência Reuters, de Baz Ratner.

MAIS DA HISTÓRIA DA MAGNUM PHOTOS

Magnum (nome retirado de uma enorme garrafa de champagne) é uma empresa fotográfica francesa, que surgiu em 1947, liderada pelo fotógrafo húngaro Robert Capa (1913 – 1954) que já fotografava em cenários de guerra desde os anos 30. Participaram também da Agência Magnum o fotógrafo polonês David Seymour “O Chim” (1911 – 1956), o francês Henri Cartier Bresson e oinglês George Rodger.
O primeiro escritório da Magnum surgiu em um apartamento de quarto e sala no 125 da rua Faubourg Saint-Honoré, em Paris, com instalações precárias e um telefone. O sucesso e a repercussão foram tamanhos que nos anos seguintes a agência se juntou a mais quatro fotógrafos europeus e norte-americanos como Ernest HassWerner BischopRené BurriInge Morath eCornel Capa, irmão de Robert Capa.
A Magnum sempre foi uma agência em forma de cooperativa onde são os fotógrafos associados que decidem os rumos e as orientações dos trabalhos a serem realizados. A partir dessa experiência, diversas agências em todo o mundo foram surgindo, como as agências Gamma e Viva, da França, a Agência Tio, surgida em 1958 na Suécia e a Agência F4, de São Paulo.
ROBERT CAPA
Robert Capa em meio a cobertura  de Guerra Civil Espanhola, em 1937
Robert Capa, de seu nome verdadeiro Endre Ernő Friedmann (Budapeste22 de Outubro de 1913 — Thai-Binh25 de Maio de 1954), foi umfotógrafo húngaro.
Um dos mais célebres fotógrafos de guerra, Capa cobriu os mais importantes conflitos da primeira metade do século XX: a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Sino-Japonesa, a Segunda Guerra Mundial na Europa (em Londres, na Itália, a Batalha da Normandia em Omaha Beach, e a liberação de Paris), no Norte da África, a Guerra árabe-israelense de 1948 e a Primeira Guerra da Indochina.

Durante os seus estudos secundários sente-se atraído pelos meios culturais marxistas. Foi fichado pela polícia e teve que se exilar em 1930. Vai para Berlim onde se inscreveu na Faculdade de Ciências Políticas e aproximou-se do meio jornalístico. Encontrou trabalho na "Dephot" (Deutscher Photodienst), a maior agência de jornalismo da Alemanha naquela época.
A sua carreira de fotógrafo começa no fim do ano de 1931, uma vez que aparece a fotografar Leon Trótski, no meio de múltiplas dificuldades, durante um congresso em Copenhague. O aparecimento do nazismo e a religião judaica de Robert fazem com que em 1932 ele tenha que deixar Berlim, dirigindo-se para Viena e depois, Paris.
Em 1934 encontra Gerda Taro, e no ano seguinte ambos criam o personagem Robert Capa, repórter mítico de nacionalidade estado-unidense, pelo que Endre Friedmann se declara associado a Gerda Taro, sua primeira namorada, também fotógrafa-produtora. O nome de Robert Capa de repente fica célebre e, logo que se descobre que ele se serve de um pseudônimo, a notoriedade do repórter está assegurada. Em 1936, Capa e Gerda Taro partem em reportagem para o meio da Guerra Civil Espanhola, onde Gerda encontra a morte no ano seguinte.
Em 1938, Capa vai à China para fotografar o conflito sino-japonês, retornando à Espanha em 1940, logo que a França cai sob o jugo nazi. Retira-se em seguida para os Estados Unidos, onde começa a trabalhar para a revista Life. Posteriormente vai para Inglaterra e depois para a Argélia.
Em Junho de 1944 participa no desembarque da Normandiao Dia D. Depois da guerra, com David SeymourHenri Cartier-Bresson e George Rodger, funda a Agência Magnum (constituída oficialmente em 1947). Nos primeiros tempos, ocupa-se na organização da estrutura, partindo em seguida para o "terreno".
Robert Capa fotografou a Guerra Civil Espanhola, onde tirou a sua mais famosa foto ("A morte do soldado legalista"), a Guerra Civil Chinesa e a II Guerra Mundial com lentes normais, o que fez com que ele se tornasse um dos mais importantes fotógrafos europeus do século XX.
Capa morreu na Guerra da Indochina, em 25 de maio de 1954, ao pisar sobre uma mina terrestre. Seu corpo foi encontrado com as pernas dilaceradas. A câmera permanecia entre suas mãos.
GERDA TARO

Gerda Taro ou Gerta Pohorylle (1910 - 1937) foi fotógrafa, jornalista e anarquista. Registrou a Guerra Civil Espanhola em fotos que hoje marcam a memória daqueles eventos. Morreu acidentalmente atropelada por um tanque no fronte de batalha durante um ataque das tropas franquistas.

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