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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Semiótica - Uma Introdução



IMPORTANTE DESTACAR:

Semiótica e Semiologia
Segundo Vogt,  o termo Semiótica tem longa tradição de uso e sua antiguidade remonta ao médico  grego Cláudio Galeno, que viveu entre 131 e 210 da era cristã.  Suas teorias influenciaram a medicina até pelo menos o século XVIII.   Semiótica como designação da ciência dos signos, correspondente à lógica tradicional, foi noção proposta pelo filósofo inglês John Locke, no século XVII  e retomada por Lambert, no século XVIII.
As duas foram propostas como disciplinas autônomas:

Semiótica -  designação de origem anglo-saxã, proposta pelo filósofo norte-americano Charles Sanders Peirce  (1839 - 1914).
Semiologia  -  vertente neo-latina da cultura européia, proposta pelo linguista suíço Ferdinand de Saussure   (1857  -  1913).

Segundo Saussure, a língua é um objeto teórico, um constructo, um sistema cujos elementos integrantes e integradores são os signos.  É uma instituição social que se distingue de outras instituições, políticas, jurídicas etc, pela natureza especial do sistema de signos que constitui.
Peirce  preocupa-se em formular um método capaz de conferir significado às ideias filosóficas.  As opiniões e o estabelecimento de sua verdade constitui o objetivo fundamental do método científico.
Para Peirce, um signo é algo que, de algum modo, representa alguma coisa para alguém, dirige-se a alguém, cria na mente dessa pessoa um signo equivalente ou um signo melhor desenvolvido.
Assim,  língua, literatura, moda, culinária, comportamento animal, música, pintura, jogos, rituais, regaras sociais, tudo que, por alguma razão, passou a ser percebido como sendo em si significante e sendo o que não é,  sendo, simultaneamente outra coisa que si mesmo,  tendo um significado, passou também à categoria de objeto semiológico ou semiótico.

Saussure partiu do pressuposto de que não usamos apenas a língua para nos comunicar, anunciando a lingüística como um primeiro tópico a ser estudado dentro de uma ciência maior: a semiologia. A natureza do signo lingüístico foi concebida como uma entidade psíquica de duas faces indissociáveis que criam um significante (imagem acústica) e significado (conceito). A arbitrariedade dessa relação possibilita a produção de diferentes sistemas de significação. Após esclarecer a questão do signo segundo a abordagem semiológica, o professor deverá esclarecer o complexo regime de signos proposto por Peirce através da Semiótica. Ainda de acordo com Teixeira Coelho, para Peirce um signo “é aquilo que, sob certo aspecto, representa alguma coisa para alguém”. Dirigindo-se a essa pessoa, esse primeiro signo criará na “mente” (ou semiose) dessa pessoa um signo equivalente a si mesmo ou, eventualmente, um signo mais desenvolvido. Este segundo signo criado na mente do receptor recebe a designação de interpretante e a coisa representada é conhecida pela designação de objeto. Estas três entidades formam a relação triádica de signo. A partir dessa divisão entre signo, interpretante e objeto, o professor deverá esclarecer as tricomias peircianas, tais como “ícone, índice e símbolo”, “primeiridade, secundidade e terceiridade”; bem como as classes de signo que vão desde o “qualisigno” até o “argumento”.

(Noções retiradas da Revista Eletrônica de Jornalismo científico - ComCiência.  Autoria de Carlos Vogt).

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