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sábado, 12 de março de 2016

A importância de uma campanha de marketing equilibrada para lançamentos do cinema

Hollywood estagnou, correndo atrás de si mesma e de grandes sucessos de bilheteria um atrás do outro e essa ênfase no lucro e no retorno grandioso de crítica e público conduz a muitas campanhas aburdas, confusas e exageradas de marketing onde tanta informação é revelada a ponto de atrapalhar as surpresas e as reviravoltas de ótimos longas.

A campanha de marketing, divulgação, lançamento e promoção de filmes na tela grande precisam ser equilibradas para não estragar a experiência do cinema e outros gigantes de entretenimento.

Se usar como exemplo o clipe diário de uma novela, pouco é mostrado focando em uma ou duas ações específicas que ocorrerão no capítulo para captar a atenção do público.

Claro que falando de teasers ou trailers, há uma necessidade de maior amplitude, mas não foi a primeira vez que provou-se que a doses equilibradas, os espectadores em geral e falando de público-alvo são alcançados de forma eficaz.

Um exemplo recente de boa campanha de marketing cinematográfica foi o sucesso esmagador de bilheteria Star Wars: O Despertar da Força que chegou a U$S 2 bilhões mundiais. O filme muito aguardado pelos fãzocas da saga quarentona criada por George Lucas aguardavam o filme com interesse, mas tal sucesso se expandiu para novatos que nunca inclusive viram os filmes anteriores.


A campanha mostrou pouco? Não, foi o suficiente. Cenas de ação aqui ou acolá, novos e velhos personagens, vislumbres de um novo vilão, boa trilha sonora. Foi difícil? Não.

Agora também se comprova que muitas vezes, trailers enormes que pecam em mostrar o máximo ou importantes guinadas como o caso de 'Exterminador do Futuro: Gênesis' pode ser a alavanca de um desempenho ruim.


O próximo blockbuster de super-heróis a estrear 'Batman V Superman' pode caminhar tanto para uma grande arrecadação como para um fracasso enorme ou uma recepção enorme. Grandes informações como personagens incluidos, vilão e detalhes das maiores cenas de ação do filme foram entregues sobretudo nos últimos dois meses para o lançamento do filme. Postei abaixo apenas o primeiro teaser, poque os demais clipes já revelam tudo.


O público não precisa de trailers de sete minutos, assim como reveladores demais. Um bom filme não precisa ter sete trailers ou até mesmo quatro, cinco.

Mesmo falando de filmes aguardados de franquias famosas não é interessante, atrapalha a sessão com 'tagarelas crônicos' dizendo que já viram cena x ou y e até quando certas cenas são cortadas ou substituídas prestes ás estreias. Lembra do primeiro trailer de 'Vingadores 2'? Teve cenas que saíram do filme. E o que dizer da massiva migração de filmes muitos quando nem haviam estreado como brinquedos, video-games?


Outra posição que podemos incluir é a de campanhas excessivamente fracas como a de tantos longas que a Disney lançou nos últimos anos. 'Príncipe da Pérsia', 'Tomorrowland', 'Cavaleiro Solitário' e tantos outros de tantos estúdios fracassaram por visões equivocadas de sucesso instantâneo.

Um trailer, um poster, um comercial tem que dizer ao público de forma inteligente do que se trata o enredo, dar um vislumbre dos personagens, situar o que retratará mais: é um romance? é uma aventura? um terror? uma mistura de gêneros?

Até em casos de migrações de produtos anteriores como o caso de 'Os Dez Mandamentos' da Record que de novla se expandiu para tantos outros produtos, mas teve uma campanha sucessiva e exagerada que buscava nas palavras de seus criadores aumentar o público-alvo da novela.

Dizer que há cenas inéditas, mas mostrando no trailer tudo que a novela já havia mostrado em sete meses? Usar o espaço diário de telejornalismo da emissora para falar do filme? Levar pessoas a compras coletivas de ingressos?


Transcrevendo o conceito de atualidade[algo que toca], uma campanha de divulgação de filmes, sejam blockbusters, de menor orçamento ou público seleto precisa tocar. E não de muito.

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