Psicopatas não surgem do nada, são criados.
Levando essa máxima exacrada em tantos filmes e livros, o episódio 1x08 mostra mais uma vez além de um elaborado roteiro, o assustador e pontual motivador de tantos criminosos, a inócua reprodução de traumas vividos na infancia.
A construção é um caso a parte primeiro colocando o personagem Jimmy, como um suspeito de uma chacina, fazer uma ligação estranha e parecer que Criminal Minds entregou o jogo.
Ledo engano, pois o principal suspeito de um triplo e brutal homicidio foi sequestrado pelo verdadeiro assassino. Jimmy na verdade era um agente federal infiltrado numa zona de gangues de traficantes.
O tempo passa e mesmo burlando a juridisção, Gideon e sua equipe continuam buscando informações do paradeiro de Jimmy.
Hotchner e Derek interrogam o chefe de uma das vitimas, apesar da cara e pompa de criminoso, o cara está limpo pelo menos no que envolve a execução dos Candore. Novamente a dupla da hora é Reid e Garcia que vai crescendo substancialmente no decorrer da temporada.
Depois é Derek que rouba os melhores diálogos do episódio mais uma vez ao destrinchar a personalidade do bandido da vez. O assassino esta reproduzindo os traumas vividos por um pai violento e molestador, o qual ele matou e assumiu a identidade ficando dessa forma na maré oposta ao sistema.
Vincent é uma fatalidade, traduzindo da ficção para a realidade, não justificando pois há opção de escolha. Mas só para refletir como o sistema educacional, social e familiar gera e corrobora seres assim?
Tentando esganar Hotchner, Vincent é eletrocutado brevemente por Gideon e Derek, revelando em seguida sua origem sem dizer nada do paradeiro de Jimmy que pena num porão cercado por ratos famintos.
Elle mata a charada por um logo de pizzaria e os federais recuperam o colega ferido, mas vivo e sem grandes estragos além de provavelmente nunca mais ficar tranquilo quando ver um rato. Vincent vai para o xilindró e é o caminho adequado para o personagem, mas aquele olhar final é de arrepiar.
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