Uma das melhores novas séries do ano de 2015.
Criada por Sam Esmail, a afiada série acompanha a história do solitário analista de sistemas Eliot(Rami Malek), menino de ouro da empresa ele passa o seu tempo livre hackeando empresários figurões com atividades escusas.
Mas Elliot não é somente um ótimo hacker, ele tem um problema mental onde conversa com um amigo imaginário e narrador da série, seu próprio consciente. Que lhe conduz e lhe prega peças também.
De uma estranheza inicial a um roteiro com situações completamente articuladas, o anti-social Elliot é mais próximo das pessoas pelas varreduras de informações que faz do que na vida real. Mas é dessa bizarrice de personalidade que surgem traços mais humanso como investigar o novo namorado da sua psiquiatra.
No trabalho, onde divide espaço com sua melhor e única amiga Angela, Elliot reluta em se tronar amigo de Ollie, o namorado de Angela pois sabe que ele tem um lado traidor.
No ótimo piloto também se pode ver a habilidade de cruzar o deslocado personagem de maneira eficiente com os demais personas da série.
Nesse espaço há uma noite casual com a fornecedora de remédios anti-depressivos, uma conversa regada a desabafos com o chefe e uma cena fenomenal onde ele esmiuça do governo americano a geração de franquias como 'Jogos Vorazes'. Simplesmente inteligente.
Logo ele é recrutado por outros hackers com ideais parecidos liderados pelo ótimo Christian Slater e a história vai evoluindo do ponto em que Eliott pode não estar só delirando quanto estar sendo perseguido. Como o piloto crava em seus segundos finais.
Mr. Robot nasceu da proposta do canal USA(Homeland) de realizar séries menos sérias e mais inventivas. A escolha de protagonismo mostra-se certeira, se Rami usa a expressividade de seus olhos que chegam a se esbugalhar em algumas cenas e as olheiras para passar o tormento psicológico de Elliot, acostuma-se rápido.
Uma das séries mais elogiadas do ano passado e renovada para uma segunda temporada logo após a exibição do episódio-piloto, Mr. Robot é uma boa aposta para roubar a cena em premiações com Malek disputando diretamente com Jon Hamm de Mad Men e Wagner Moura de Narcos. A série também concorre como melhor drama.
Um diferencial é o título dos episódios, o primeiro por exemplo é '1.0_hellofriend.mov' - mais cyber age impossível.
Para se ter uma ideia o índice de aprovação da série em canais como IMDb está em 98%. Prova que o público não está mais em estado de torpor acentuado pelo patriotismo norte-americano, toda democracia tem suas falhas, assim como toda democracia pode ser uma ilusão.
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