Crítica - Star Wars: O Despertar da Força

Em uma palavra: épico.

J.J Abrams faz um ótimo filme para fãs saudosos e novo público em 'O Despertar da Força', o mais novo Star Wars.

Parafraseando Isabela Boscov em sua reportagem para Veja, J.J cumpriu a missão como um ninja. Todos os detalhes de Star Wars: Episódio VII são simbióticos, o roteiro é bom, a direção acerta o tempo inteiro e o elenco está fenomenal.

Interessante que o que seria o maior atrativo o retorno do trio de protagonistas original, torna-se um execelente passar de bastão para novos e fascinantes personagens.

'O Despertar da Força' é o primeiro filme Star Wars após a aquisição da Lucas Film pela Disney em 2014. O longa situado 30 anos depois do clássico 'O Retorno de Jedi' de 1983 mostra a Resistência lutando contra a Primeira Ordem, o resquício do Império Galáctico.

Um dos traços mais significativos dessa nova fase Star Wars é a condução do protagonismo da história por Rey. A estreante Daisy Ridley preenche a tela muito bem, com uma heroína crível, durona, imperfeita e poderosa. O andróide bolinha BB-8 é uma fofura.

Princesa Leia(Carrie Fisher) e Padmé Amidala(Natalie Portman) foram importantes, mas não as principais condutoras da história, 'O Despertar da Força' faz isso muito bem.

O vilão Kylo Ren(Adam Driver) é desafiador e sem maiores spoilers, rompe a amálgama intocável de Darth Vader, chegando a possivelmente substituir o personagem icônico com uma aura ainda mais ruim.

Há espaço para uma construção de personalidade que com Vader se fragmentou em três filmes, aqui em um único episódio.

O outro mérito trazer personagens de outrora é feito com maestria, já que Han Solo(Harrison Ford), Leia, R2D2, C3PO não estão ali de passagem.

Solo tem uma presença ainda mais marcante, de mentor mesmo e volta com muita força ao papel de grande apelo em sua carreira. O peludão Chewbacca também está de volta.

Oscar Isaac e John Boyega, os demais protagonistas também são interessantes como o piloto Poe Dameron e o stormtrooper desertor Finn,respectivamente,  também exalam carisma.

Rey, Finn e BB-8 procuram completar um mapa para localizar Luke Skywalker(Mark Hammil) o último Jedi vivo.

Enquanto Leia e a resistência querem Luke como um mestre para novos padawans, a Primeira Ordem quer dizimar o guerreiro para evitar o surgimento de novos Jedis, que seriam a arma definitiva contra o novo Império.

O elenco estelar ainda inclui Andy Serkis, Lupita N'Yongo, Domhall Gleeson, entre outros. Com 5 indicações ao Oscar 2016, 'O Despertar da Força' abre um leque para novas histórias, mas respeita o que já foi entregue ao público até agora.

O roteiro assinado por Abrams e Lawrence Kasdan da trilogia original, o cuidado com os efeitos bem longe da megalomania de Lucas tão exposta na trilogia prequela.

Enfim, é coeso dizer que 'O Despertar da Força' traz equilíbrio a saga quarentona, reconquistando o público que não curtiu tanto os Episódios I, II e III, mas também abrindo um novo caminho para a nova trilogia.

O filme bateu diversos recordes inclusive é a terceira maior bilheteria mundial, batendo o bem-sucedido 'Jurassic World', assim como a maior bilheteria norte-americana e em geral, a maior do ano passado. Que a força esteja com todos.