Satisfação e continuidade estão impregnadas nesse começo de temporada de Orphan Black, se o ano dois da série deixou alguns incertos do rumo da história.
Digo, me incluindo nos que continuaram, a história está afiadíssima. As arestas deixadas no finale passado já engatilharam novos ganchos em desenvolvimento.
Foi boa e necessária a decisão de tirar Cal e Kira de cena por hora (mesmo com o Dia das Mães chegando) para deixar Sarah focada e determinada a rastrear Helena. Sarah como o fio condutor da história esteve ótima.
'Estou tendo função na série. E aí?.' |
Outra escolha boa é a não-aparição por tabela de S. já que junto com Sarah ainda não perdoamos que ela tenha entregado Heleninha Shakira. Isso é Orphan Black dando função a seus personagens, em vez de deixá-los avulsos na história, nesse ponto Felix fez pouco para que os momentos emocionais de Sarah fossem com Art.
A forma como a interação entre os dois foi feita, trazendo a tona uma paixão tímida que o mesmo tinha por Beth fez todo sentido e ao mesmo tempo justificou sem forçar a barra o motivo de Art se incluir no Clone Club mesmo que 'meter o pé dessa bagunça' seja o mais plausível.
Para quem era um fantasma, Paul teve cenas frias mas interessantes ao lidar com a confusa hierarquia do projeto Castor. A irmã do Machete cuida da genética da pesquisa e é até uma mãe postiça, mas é Paul quem lidera os soldados. Apesar de sofrer pela morte do irmão que ele mesmo alvejou, Rudy seguiu um protocolo.
E é justamente numa cena que ela chama Paul de nojento, que além de representar a forma como muitos do público veem o bonitão, Helena ainda mostra seu ótimo timing ao dizer o que ele foi: um boytoy das irmãs, incluindo Rachel. O carisma excêntrico da personagem afeiçoa e é vital. Não é a toa que ela se tornou uma das personagens preferidas do público.
Alison e Donnie conquistam um quarteirão de cada vez, com seu projeto engenhoso de kit com sabonete e comprimidos de metanfetamina. Bem a tempo do Dia das Mães em Orphan Black. Bem baratinho e sigiloso.
Se havia alguma dúvida que Ari Millen seguraria a bomba de representar os clones masculinos, tal dúvida se desfez com o retorno de Mark à cena. O primeiro clone apresentado, casou-se com Grace e tenta se afastar do propósito que o levou aos Proletheans, colher amostras dos óvulos de Helena.
Além da situação bizarra que Gracie se encontra, tendo sido fertilizada com uma cria do pai e a própria gravidez de Helena ser trabalhada no roteiro, o núcleo Prolethean voltou de forma prática e segura a trama.
Mark realmente espera um futuro com Gracie, mas o cabeçote dela pira ao saber que ele é um clone. Rola tortura no nível dos miolos explodidos da série.
No fim sem as amostras ordenadas por Paul e Virginia, ele encara a fúria da sogra pouco depois de saber o que Cosima identificou: os clones masculinos tem o mesmo material genético das meninas. Não achei óbvio e sim lógico, não é a primeira vez que vem de forma corrida alguma informação dentro da série.
Ou seja, no fim das contas todos são sestros. A doença que afeta os 'Castores' é neurológica, com degradação repentina e acelerada.
P.S: Outra frase ótima de Helena: 'Você é o Mark mais feio até agora.' Bulinando Cicatriz. Não tem preço.
P.S: Cosima, a clone que colhe cérebros.
P.S: Mais cenas do trio Felix, Cosima e Scott.
P.S: Rachel vai se recuperar logo, logo. Ou ficou alguma dúvida?
P.S: Clones em lados opostos, mas buscando a mesma coisa: a cura. Irmãos, já que os doadores originais eram gêmeos.
P.S: Clones em lados opostos, mas buscando a mesma coisa: a cura. Irmãos, já que os doadores originais eram gêmeos.
P.S: Mark foi pro saco, otimizando espaço para mais clones masculinos aparecerem?
P.S: Sarah vai libertar Helena no próximo episódio? Uma coisa é certa já pela promo do próximo capítulo, Cicatriz vai encontrá-la de novo.
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