Rumo a premiere mais depressiva de Grey's Anatomy.
De acordo com Elisabeth Kubler-Ross, quando estamos morrendo, ou sofremos uma perda catastrófica, passamos por 5 estágios de luto. Passamos pela negação. A perda é tão inconcebível que não acreditamos nela. Ficamos bravos com todo mundo. Bravos com os sobreviventes, bravos conosco, e então barganhamos. Nós suplicamos, imploramos, oferecemos tudo o que temos, oferecemos nossas almas, em troca de apenas mais um dia. Quando a barganha falha, e a raiva é demais para persistir, ficamos deprimidos, desesperados, até que finalmente aceitamos que todo o possível foi feito, e desistimos. Desistimos e tentamos aceitar.
Na escola de medicina, temos muitas aulas que nos ensinam como combater a morte, e nenhuma que nos ensine a continuar vivendo.
A quinta temporada terminou com um bonito paralelo de vida e morte entre Izzie e George. Ok...
George está morto e angustiando junto a Callie e Meredith assistimos uma discussão sobre seus órgãos serem doados ou não. O retorno da Sra.O'Malley coloca nas mãos de Callie o destino dos órgãos. Bailey e Richard seguram as petecas pelos residentes e internos.
Mas é inegável que mesmo com a perda de relevância dentro da trama, George O'Malley se manteve e se manterá como um personagem querido da série.
O episódio retoma a atmosfera de lágrimas do finale anterior, considerado até hoje como um dos melhores de Grey's Anatomy. Izzie recupera-se aos poucos da sucessão de paradas cardíacas que teve, ao lado do maridão Alex que receia em contar para ela sobre a morte de George.
Lexie é uma das mais emotivas em relação ao ocorrido com O'Malley e tem um diálogo cretino com Mark sobre os dotes do finado. Verdade é que nos tempos áureos do queridinho, George pegou boa parte da mulherada do elenco. Izzie descobre a morte do melhor amigo e haja lenços de papel para a cena da loira segurando as mãos de O'Malley.
A jovem que foi salva pelo médico,(recapitulando: George impediu que uma mulher fosse atropelada por um ônibus e ficou desfigurado, dando entrada a emergência. O residente que havia acabado de se alistar no exército foi reconhecido por Meredith nos 45 do segundo tempo) fica desolada e comparece ao enterro de sue herói.
Izzie que sempre teve crises de riso em situações de tensão mórbida, começa uma sessão de gargalhadas que inclui Cristina, Alex e Meredith. Achei a cena depressiva demais e desrespeitosa. T.R Knight estava insatisfeito com os rumos de George no seriado, mas o time de Shonda fez o personagem ser rechaçado.
Ao mesmo tempo, a premiere estava sombria e cinza.
Owen e Cristina se acertam e o médico visita a mãe com a namorada. Em cerca de meio ano em Seattle, é a primeira vez que o capitão comparece a casa da mamãe.
Derek dá apoio para Meredith, que foi importantíssima na vida de George O'Malley mas que não consegue derramar uma lágrima e quando ela vem é mais para lavar a alma do que o resto. Bailey assume uma postura mais decisiva e resolve voltar às suas origens.
Callie encontra em Arizona um porto seguro depois de toda a situação envolvendo George. Izzie e Alex vão morar no trailer de Derek que está em lua de mel com Meredith pelas escadas da casa. Vale lembrar que os dois se casaram em post-it na finale.
Pois bem...ergue-se em Grey's Anatomy um novo tempo. As feridas não vão se fechar tão rápido, mas enquanto haver vida para ser vivida, devemos vivê-la. Essa não é da Meredith, é minha mesmo.
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