Trabalhar com o público oferece expencias incríveis, algumas bem insanas, mas interessantes.
Atendi um senhor lá pelas duas da tarde e ele começou a falar da degredação da sociedade e conversa vai, conversa vem, sua esposa entrou na conversa. Não sei como o assunto Aids veio à tona. Contudo, pelo que pude ver, ela era uma enfermeira e disse: Uma vez eu estava no hospital e tinha esse jovem com Aids e ele mordeu o rosto do médico, o médico veio a falecer tempo depois e o desgraçado morreu após o falecimento do médico.
Foi tão tenso, sabe, tão surreal ouvir a profundidade dessa experiência.
O senhor vendo meu nome no crachá, começou a interagir comigo e mandou a seguinte: Minha delegacia perseguiu uma loira que saiu infectando homens na região de Niterói, a resposta da mulher para desencadear tanta desgraça, não pedi pra nascer, então quero que todo mundo se dane.
Não foi chocante pelo contato indireto com a doença através do relato deles, mas sim por que constatei que o mundo em que vivemos é mesmo uma selva, um alçapão de animais venenosos e os animais em questão somos nós - humanos de carne e osso ou robôs mecânicos no caso de super-máquinas futuristas.
Depois da ovelha Dolly...
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