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quinta-feira, 29 de março de 2012

Greve de quem???

É com grande indignação que eu escrevo esse post, queridos leitores e não podia deixar de ser sobre a escassez do transporte com a greve geral de motoristas e cobradores de linhas com destino - São Gonçalo/ Niterói. Eis que este jovem escritor fica quase na pista, por uma greve esganiçada e com o motivo mais Pecado Capital impossível: money! Os grevistas querem 16% de reajuste, os sindicatos querem só 10%.

Tudo bem, entendo que afinal existem trabalhadores, não são robôs que dirigem os ônibus,porém a população acaba exposta por atitudes drásticas como essa. Passou no Forcolen, teve quebra - quebra no terminal, um estresse danado, insegurança e medo na volta para casa. E os trabalhadores que ficaram sem condução?
Nossa, eu estava desesperado e olha que eu larguei o trabalho lá pelas nove.
Imaginem os camaradas que vão sair lá para uma da manhã. Acredito que um acordo poderia ser feito, mas a parcela mais interessada num reajuste deveria ser mais solícita para não prejudicar os outros trabalhadores. 1, 3 milhão de pessoas afetadas na greve, terminais vazios e olha que a justiça, determinara que 40% das frotas deviam estar circulando. Apenas 19,3% dos 3.767 ônibus das linhas de São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, São Gonçalo e Tanguá estavam nas ruas.

O mais divertido, é que são nessas situações que o ser humano aproveita para lucrar em cima dos menos mal- intencionados, teve gente cobrando R$25 no moto - táxi do Novo México até Niterói, um amigo pegou uma van de R$9,30 para não perder um dia de trabalho. Quanta hipocrisia, quanta ganância, o mais incrível é os municípios não terem um plano B no transporte, fica ainda mais difícil de acreditar que nossa nação tem porte para sediar jogos mundiais. Imagina os turistas sem condução? Mas é claro que com os jogos vem o lucro então milhares de novas linhas iriam simplesmente aparecer, milhares de motoristas e cobradores seriam contratados, sem falar na segurança que é precária em nosso estado.

Fiz baldeação para chegar em Alcântara e constatar que o pandemônio havia se transformado numa greve geral, peguei uma kombi e no meio do caminho para casa, estagnado, vejo um cara armado cruzar a rua e quase ser atropelado, passado o susto, deu para notar que o sujeito devia ter aprontado e foi interceptado por policiais. Que insegurança, cara. Que falta de propósito. Este é o país que vivemos, saímos mas não sabemos se vamos retornar para os nossos lares. Esta é a nação que diz em alto e bom som: um país de todos.

Isso vai além de um movimento grevista de proporções secundárias, vai além de crenças e desavenças. É o país em que vivemos, infelizmente, fraco que nem corda arrebentando aos poucos. É o Brasil do Cristo, o Brasil da Bündchen e do Santoro também, o país que prefere assistir BBB a tentar compreender o próprio ambiente que habita.

Terminal vazio em Niterói

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