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sábado, 6 de fevereiro de 2016

Scream Queens - 1x13 The Final Girl[s](Season Finale)


Um fim acima da média.

Depois do excelente penútimo episódio, Scream Queens fecha com chave de ouro sua temporada inicial. Sem perder o tom e divertindo nos momento certos, a série mostrou-se uma boa escolha de entretenimento e cult por essência por satirizar tantos elementos da televisão e cinema norte-americanos.

E se a série não conseguiu ser célebre durante todos os episódios da temporada, fica a sensação de dever cumprido e a aposta de uma nova história que mantenha o fôlego da empreitada sem perder o tom.

Avançando no tempo vemos a Kappa reformulada presidida por Grace e Zayday, com Hester como tesoureira do novo ciclo de irmãs. Mas para quem achou suspeita a empalação de Hester a surpresa é que a assassina é...a Hester.

É o momento em que as últimas arestas são amarradas e conhecemos a meticulosa Hester, irmã gêmea de Boone e a grande personagem de Scream Queens. Já fizemos isso em diversas reviews, mas não há como fazer esta review de fechamento sem rasgar elogios a Lea Michele.

Na pele de outra atriz que não a intérpete de mil facetas, cria da Broadway a personagem não teria a intensidade e arrepio que Hester teve por isso é totalmente válida a maquinação, as caras e as bocas. Hester não falou quase nada para falar pelo episódio quase todo.

Parece monótono mas a articulação da personagem foi o que motivou a caça ás bruxas á Kappa. Então nada mais justo de digerir nessa finale o quão enorme Hester foi.






Inteligente e perversa, ela era a mente criminosa enquanto Boone era os músculos. Gigi como mentora era uma pessoa emocionalmente instável e nisso Hester criou terreno. Cada elemento de construção da psicopata como o famoso colar cervical, o conhecimento sobre várias armas. Hester ter ligado a fritadeira que torrou a pobre Ms. Bean, o ácido que ela fez Boone colocar junto á  mangueira que deformou Dorkus.

Enfim, Hester fez-se valer cada episódio até os mais mornos. A personagem entra para uma galeria seleta de vilãs na televisão. Interessante será assistir cada olhar, cada expressão de Lea na série depois de ver esse episódio de surpresas.

Usando a lábia ela convence os pais de Number 5 a reforçarem o álibi que ela é uma assassina. Mas Hester vai fundo e compromete Number 3 e Chanel no pacote. Presas, elas se prejudicam no júri que quase chega a inocentá-las. Mas não tem volta, vão as três para o manicômio.

Mesmo Grace e Zayday suspeitando de Hester ela contrata atores muito bons para fingir que são seus pais biológicos. Munsch sabe do segredo da caolha, mas se entregar Hester vai ter que responder pela morte da menina da banheira e do ex-marido. Então, move on. 

Essa lógica do deixa quieto, que aqui no Brasil podemos enquadrar como um jeitinho brasileiro coube totalmente no desfecho da reitora. Afinal ela recuperou o prestígio como educadora, tem namorado novo[Wes] e um best-seller no NY Times.








Chad Radwell abre uma instituição em homenagem a seus amigos da Dickie Dollars. Pessoalmente, este foi um personagem que eu não gostei tanto e que extrapolou o tom em vários momentos, mesmo assim a despedida de Denise Hemphill[rumo ao FBI] foi hilária. Só acho que faltou uma cena de despedida do necrófilo e Chanel. Mesmo que em tese eles houvessem terminado umas dez vezes.

No manicômio a coisa muda de figura. 3 vira a nova Predatorian Lez. 5 deixa a chatice patológica e conquista a amizade sincera de Chanel. Chanel..quem diria, é eleita de forma honesta a liderar sua nova irmandade: o hospício. 

Com o título que remete a sobrevivência das personagens principais, título também da recente e ótima paródia 'The Final Girls' vem a cena final. Mesmo tornando-se uma pessoa melhor, Chanel sintetizava o pior da geração das Kappas e por isso Hester vai atrás dela para terminar o serviço aposentando-se da vida de matança ou quem sabe iniciando uma nova safra de 'incidentes'.

Momentos Poker Face:

- Hester treinando acertar a parte exata do olho que não seria um ponto vital;

- A insubordinação das Chaneis no tribunal, achei que ganhariam cadeira elétrica;

- Toda fofura de Chanel no manicômio sendo uma boa líder;

- Wes dando espaço a filha Grace para sair num mochilão com Munsch;

- Scream Queens propositalmente teve uma polícia ás cegas até o último capítulo. Denise continuou o ranço com Zayday;

- Outra alegoria foi a de piores pais: os pais de Number 2, os pais de Chanel, de Chad, Number 5 e Number 3. Os atores que Hester contratam foram os melhores pais e nem eram de verdade;

- Cada picada afiada no sistema político, social, cultural e internauta norte-americano. Pontuais e inteligentes como nessa fala de Hester 'Eu sou um fruto desse sistema';

- Number 5 admitindo tirar a sunhas dos pés com a boca;

- Number 3 realmente acreditar que tinha um alter-ego assassino chamado 'Dirty Helen'.

- Keke Palmer é uma ótima atriz. Que a segunda temporada aproveite mais o seu talento[cast spoiler].

- Lea Michele e Jamie Lee dignas de premiações como atriz coadjuvante. Emmy 2016. Será???

Melhores episódios:

- Dorkus escrito por Ian Brennan
- The Final Girl[s] escrito por Murphy, Brennan e Brad Falchuk
- Pilot escrito por Murphy, Brennan e Brad Falchuk
- Hell Week por Brad Falchuk
- Chainsaw escrito por Ian Brennan


Episódios mais fracos:

- Seven Minutes in the Hell escrito por Ryan Murphy sozinho.
- Os demais episódios escritos apenas por Murphy.

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