Extraído
“Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra” (Zc 12.3)
Toda a história do povo de Israel está descrita no rolo sagrado, a Bíblia. Deus chamou Abrão e fez aliança com ele e sua descendência, prometendo dar-lhe a terra de Canaã como herança. Na sequência, o Senhor mudou o nome de Abrão para Abraão e confirmou sua promessa dando-lhe o filho da velhice por milagre. A sua esposa Sara, além de estéril, estava com 90 anos de idade quando lhe nasceu Isaque. Antes de Isaque nascer, no entanto, Sara entregou a Abraão sua serva egípcia, Hagar, para gerar um descendente que pudesse herdar as promessas de Deus. Nasceu Ismael, que se tornou o pai das nações árabes e viveu fronteiriço a Israel.
Desde o nascimento de Isaque, houve ciúmes e rixas entre os dois descendentes de Abraão. Em toda a história narrada nas Escrituras nunca houve um relacionamento de profunda amizade entre eles – e esse foi o alto preço pago pela ansiedade de Sara. Ela não soube esperar o tempo de Deus, em que se cumpriria, por meio dela, a promessa feita a Abraão. Mas apesar de tudo, Abraão abençoou seu filho Ismael para que gerasse nações e fosse forte.
A seguir, a Bíblia nos mostra Jacó e Esaú, filhos gêmeos de Isaque e Rebeca, que também geraram nações. Jacó teve o seu nome mudado para Israel, após lutar com o Anjo do Senhor em Peniel, no vau de Jaboque e receber a sua bênção. Desde então, seu nome e caráter foram transformados. Nesse episódio, Deus torna a confirmar a posse da terra a Israel.
Depois de passarem 430 anos no Egito, as 12 tribos de Israel marcharam no deserto sob o comando de Moisés a fim de conquistar a Terra Prometida. Mas Josué foi o general que comandou as guerras da conquista de Canaã. A maldade daqueles povos, a idolatria e perversidade haviam alcançado níveis tão altos que o julgamento divino veio naquela geração.
Ao tomar posse da terra, o Senhor informou ao seu povo que ele seria próspero se servisse ao Senhor e obedecesse aos mandamentos dados por intermédio de Moisés e dos profetas. Caso Israel não obedecesse, toda a nação seria dispersa pelas nações da terra e saberia que Deus tinha o controle de tudo. Infelizmente, o povo não obedeceu. E ainda rejeitaram o Salvador Jesus que viria anos depois. Então, no ano 72 d.C., após a destruição de Jerusalém, veio a dispersão, a chamada Diáspora dos Judeus, na qual eles foram espalhados por todas as nações da terra.
Passaram-se dois mil anos e, novamente cumprindo o que fora predito pelos profetas, Israel retorna à sua terra, em 1948, de maneira sobrenatural. Nesse mesmo ano, acontecem conflitos com seus vizinhos, e Israel prevalece. Em 1967, na Guerra dos Seis dias, Jerusalém foi conquistada. Em 1973, também Israel prevaleceu, com muitas histórias do sobrenatural de Deus a seu favor. Deus estava protegendo seu povo e confirmando sua aliança feita com Abraão. Na guerra com o Irã e o Iraque, vimos novamente milagres acontecerem, Israel sobrevivendo e prevalecendo diante das forças inimigas.
Em 2014, mais uma guerra sendo, agora, provocada pelos palestinos. A mídia noticia os fatos olhando apenas por uma perspectiva, que faz as pessoas pensarem que Israel é injusto e mau, matando mulheres e crianças indefesas. Conforme a profecia de Zacarias, as nações ficarão mesmo contra Israel. Mas é necessário entender o que realmente está acontecendo nesta guerra.
Na verdade esta guerra não é contra a Palestina, pois Israel convive bem com os palestinos. Em seis viagens que fiz a Israel, sempre tive um guia turístico judeu e um motorista palestino. Sempre vi a amizade entre eles e uma boa convivência. Inclusive, há casamentos entre judeus e palestinos. Não existe, como muitos pensam, um ódio consumado entre essas duas nações. Pelo contrário, muitos palestinos que moram em Belém, Jericó, Caná da Galileia, Hebrom ou em outras cidades palestinas, trabalham nas cidades judaicas e retiram o seu pão desse trabalho, em boa convivência com israelenses.
Essa guerra que ora acontece é contra o Hamas, grupo terrorista que tem por objetivo a destruição de Israel. Podemos ver isso nas afirmações de seu estatuto, como, por exemplo, o Artigo 13: “Israel existirá e continuará existindo até que o Islã o faça desaparecer”. Outra afirmação de seu estatuto é: “As iniciativas (de paz), as assim chamadas soluções pacíficas e conferências internacionais para resolver o problema palestino, se acham em contradição com os princípios do Movimento de Resistência Islâmica, pois ceder uma parte da Palestina é negligenciar parte da fé islâmica”.
E ainda há palavras mais fortes em sua ideologia, tais como: “A hora do julgamento não chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e terminem por matá-los. E mesmo que os judeus se abriguem por detrás de árvores e pedras, cada árvore, cada pedra gritará: Oh Muçulmanos! Oh servos de Alah! Há um judeu por detrás de mim, venham e matem-no!”
O Hamas tem usado a estratégia dos escudos humanos nesta guerra para atrair a opinião internacional para sua causa e espalhar ódio contra Israel. Eles colocam suas armas e seus redutos de resistência em escolas, hospitais e construções civis e, contrariando os avisos de Israel para evacuarem as áreas que serão alvos de mísseis, eles mantêm as famílias, as mulheres e crianças principalmente, para dizer que Israel é covarde.
Podemos ver isso sendo declarado abertamente numa entrevista dada à TV Al Aqsa, no dia 16 de julho, em que o porta-voz do Hamas, Abu Zuhri, ao ser interpelado sobre a estratégia dos escudos humanos nesta guerra, respondeu: “Isto comprova o caráter dos nossos nobres, dos lutadores da Jihard (…) nós, do Hamas, convocamos o nosso povo para que adote essa política”. Ou seja, uma convocação imposta para o povo palestino ao sacrifício. Homens-bomba e escudos humanos são táticas de guerra do Hamas. Enquanto os soldados israelenses dão a vida para proteger os civis, os soldados do Hamas usam os civis para proteger seus interesses e tentar destruir Israel. Seus propósitos têm sido rejeitados pelos próprios vizinhos muçulmanos, como o Egito, por exemplo, que não apoia os métodos do Hamas. Eles estão praticamente sozinhos nesta guerra de ódio e desejo de simplesmente “varrer Israel do mapa”.
É tempo de orarmos, não só por Israel, mas também pelos palestinos, que estão sem proteção e ficam sem possibilidade de escolha. Mulheres e crianças estão sendo usadas como escudos humanos para interesses de ódio e egoísmo. A Palavra de Deus está se cumprindo, Jerusalém realmente é pedra pesada. Mas os judeus não estão sozinhos. Deus está preservando esta nação, pois Ele disse que dessa terra eles não mais seriam removidos (Am 9.15). Eles prevalecerão, pela Palavra de Deus, até que venha Armagedom, quando as nações todas virão contra Israel, sob a bandeira do Anticristo. E então se estabelecerá o Reino do Senhor, com a segunda vinda de Jesus.
Olhe para Israel e veja o cumprimento das profecias bíblicas. Olhe para Israel e veja como se aproxima rapidamente a vinda de Jesus. Olhe para Israel e sonhe com o Dia glorioso do arrebatamento da Igreja, em que subiremos com Jesus e participaremos dos eventos emocionantes que o mundo assistirá: “… O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (Ap 11.15). Ângela Valadão Cintra “O Hamas tem usado a estratégia dos escudos humanos nesta guerra para atrair a opinião internacional para sua causa e espalhar ódio contra Israel” “Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra” (Zc 12.3)
Fotos: Internet
:: Ângela Valadão Cintra
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