terça-feira, 3 de novembro de 2015
Crítica: Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros
O parque está aberto.
Não é possível assistir a Jurassic World sem ser tomado pela nostalgia. 23 anos após o lançamento do clássico de ficção e aventura dirigido por Steven Spielberg, pelas mãos de Amanda Silber, Derek Conolly, Rick Jaffa e Colin Trevorrow a diversão e a emoção ganham vida. É uma super-produção que soube se valer da expectativa, do inflado orçamento e do cuidado de estúdio e produção envolvida.
A ilha Nublar recebe visitantes de todo o mundo proporcionando a experiância do Jurassic World, um hiper parque ultra moderno e sempre em busca de novas atrações.
O discurso ambientalista vs. capitalismo acompanha o texto inteligente do original e essa não é a única semelhança com o Jurassic Park de 1992, o filme todo é uma bela homenagem ao universo criado pelo escritor Michael Crichton.
Empacado por um hiato de mais de dez anos que gerou muita especulação e temor por parte dos fãs, Jurassic World é recompensador para todos os fãs e feito sob medida para saudosos e novatos.
Pois bem acompanhando os avanços genéticos, os investidores do parque agora administrado pelo boa-praça Masrany(Irfhan Khan) incitam a criação de uma nova espécie, o indomável Indominus Rex, um híbrido que combina diversos DNA.
Claro que a criatura comanda reviravoltas, mais discussões inteligentes sobre o limite da inserção humana na natureza, dita boa parte do suspense do longa e que a experiência sai do controle colocando a equipe do local e os visitantes num risco inimaginável.
É aí que entram os maravilhosos Chris Pratt e Bryce Dallas Howard, os papéis de herói com língua afiada e workaholic sem sentimentos parecem a primeira vista clichês e realmente podem até ser taxados disso, mas Howard e Pratt se entregam aos personagens e batem um bolão.
Claire(Howard) vai ganhando mais camadas conforme a roupa arrumadinha vai ficando estrupiada mas sem perder a pose no salto. Owen(Pratt) lembra de forma positiva um Indiana Jones repaginado e o protagonista do ator no ótimo Guardiões da Galáxia de 2014, se destacando na interação com velociraptores.
O garotinho Ty Sumpkins é outro destaque, assim como Vincent D'Onofrio(da série Demolidor) que cumpre bem a cota de desagradável oportunista. Os camaradas Jake Johnson(e New Girl) e Omar Sy(Intocáveis) também integram o elenco.
Os efeitos especiais são a perfeita combinação entre animatronics e o mais atual da computação gráfica. Michael Gianecchino(Lost) assume a trilha sonora sem deixar de lado os temas originais de John Williams.
Resumindo: esse foi um dos melhores retornos de franquias blockbuster dos últimos anos tanto em termos de experiência cinematográfica quanto financeiramente. A crítica foi certeira: só não ultrapassa o original.
Jurassic World bateu o hit Os Vingadores(2012) como terceira maior bilheteria da história do cinema. Mesmo abrindo caminho para uma continuação o filme se atém ao que se propõe, fazer o sonho do velhinho Hammond(Richard Attenborough) se tornar realidade antes de mais nada abrir o parque.
O ritmo do filme engrena rápido, a câmera é dinâmica e os dinossauros estão imperdíveis. Atenção as espécies inéditas na franquia como um colossal animal aquático, além dos camaradas braquiossauros.
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