segunda-feira, 27 de julho de 2015

Scream - 1x03 Wanna Play a Game?



Scream crava o seu episódio mais certeiro até agora.

Cumprir com o que se propõe é o desafio de qualquer série ainda mais uma que detenha o forte status quo de Pânico.

Depois de um promissor piloto e diversas e ácidas menções a cultura pop que se seguiram no episódio seguinte, Scream estabelece o seu episódio mais certeiro até agora. Um episódio em que dois pontos foram marcados: a surpresa de um roteiro muito bem elaborado e não totalmente sustentado em cultura pop, e dois: a despedida do elenco principal da série.

Quem será a nova vítima do novo Ghosttface? Depois de atuações medianas e pouca gente se salvando em tempo integral como os ótimos Bex Klaus e John Karma, os demais nomes do elenco fizeram performances melhores o que contrasta de forma positiva com a representação estereotipada calculada e proposital dos mesmos.











Emma está tendo mais escolhas a se fazer além de qual namorado loiro e atlético terminar o ensino médio, é importante trabalhar o instinto da protagonista e seu lado sobrevivente. Vital aqui é que num timing muito bom o episódio cresceu em tensão e texto com a iminente morte de uma das amigas de Emma.

O assassino sem identidade iria usar Tyler como uma espécie de falso ID em algum momento e tudo culminou com uma regra bem mastigada dos filmes de terror, mas que reforçou a tensão pelo desenrolar dos acontecimentos: a polícia quase sempre vai ser enganada.

E como o já supracitado timing, o assassino fez isso simulou ser Tyler, explodiu o carro para apagar a falsa identidade e nessas horas as coisas falham. Por que simplesmente falham. E a agonia veio disso.

Emma sem se dar conta decretou o fim precoce de Riley, Brooke, voltou a ser a rainha do easy pleasure, mas  o corte da personagem já causaria certa comoção nesse terceiro capítulo.

O que é absurdo se pesarmos a morte de Riley é que o sinal mais cabal estava ali ao colocá-la num romance com o nerd. Sim, a química aconteceu, as citações foram dez(considerando que A Culpa é das Estrelas também é o meu forte), mas tava ali descarado para quem fosse mais frio perceber. E mesmo assim não percebemos, por isso o episódio foi genial.

Por que é claro que a japinha fará falta não somente para Noah. A série cumpriu exatamente o que se propôs no primeiro episódio e usar Noah como o principal sofredor dessa perda é uma ironia. Passar mais tempo com esses personagens tem mesmo o intuito da perda deles ser mais dolorosa que seria em um filme de 90 minutos.

E flertando com os clichês da juventude americana, pode-se extrair muito desses personagens, se os atores entregarem o melhor de si.

Em parte também teve alegorias como a introdução de Piper, uma espécie de Gale Wheaters descobrindo os segredos? Será?

Bônus - citaçoes: A culpa é das Estrelas ganharia de qualquer forma. Ainda mais depois da última fala de Riley mencionar estrelas. Cruel.

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