O peso de uma decisão criativa.
Impossível não fazer paralelos com o que Once Upon a Time preparou para seus episódios finais com a encerrada e célebre Lost, viagem no tempo para séries que lidam com fantasia ou flertam com o sobrenatural/científico como era o caso de Lost com um roteiro que se encaixe funciona.
A quinta temporada de Lost foi um marco justamente por permitir através das viagens no tempo da ilha que o público tivesse mais respostas do que em todas as outras. Em Once Upon a Time a ideia surge sutil, mas com toques da finada série. Claro que o fim da temporada tende a não se prender somente a isso, mas outras surpresinhas estão no pacote.
Ruby que saiu da série para trabalhar com Sawyer e Intelligence aparece por dois, cinco segundos no máximo se tornando a maior ressalva. OK, ela está em outra série, então que utilizassem outro dos trezentos personagens avulsos dos contos de fada. Mas é importante para entregar aos fãs o presente que foi essa finale. E com o cancelamento desta, ela está quase que confirmada no novo ano.
A morte de Zelena ativou um mecanismo de defesa que ativa seu portal do tempo, Emma e Gancho são tragados e acabam vendo Regina mais má do que nunca promovendo miséria a aldeões, além de Encantado e Branca. Isolar os dois a partir dessa escolha de roteiro já ganha fácil comoção dos shippers do casal.
Mas como Bela avisara, mexer com o tempo é perigoso e o maior risco afetar o futuro deles. Inocentemente, Emma e Gancho alteram o decisivo e importante momento em que Snow e Charming se conhecem na estrada.
Em Storybrooke, Rumpel omite ter matado Zelena usando Bela como seu álibi. Ele muito esperto some com a adaga verdadeira, tendo a réplica de Bela como sua defesa.
Regina tem tempo para namorar Robin e curtir mais a 'parada' com seu coração batendo dentro do seu peito. Emma quer voltar para New York, mas Henry quer ficar em Storybrooke.
No passado, Rumpel precisa ajudar Emma e Gancho, mas assim que vê o pirata o lorde de dentes podres o esgana. Só que o papo da filha da Branca de Neve funciona. O terceiro ano se despediu com uma temporada mais sombria e coesa do que a anterior. Foram menos trancos e barrancos do que os fãs tiveram na segunda temporada com tanta encheção de linguiça.
O próximo encontro do passado leva Gancho e Emma ao Gancho daquele momento. Para voltar a chave do portal, é uma coisa, agora a loira tem que mexer os pauzinhos por si só para unir os pais.
Desde já é uma das melhores sequências colocar Hook para bater no Hook conquistador de antigamente ao ter um amasso com sua preciosa Emma. Todo malabarismo de ter cenas de Ginnifer Goodwin tão grávida na vida real como estava em tela é compreensível, a personagem vem aparecendo pouco, mas agradou bem mais assim que na primeira metade da season com tantas cenas agridoces entre ela e Encantado.
Emma e Gancho se aventuram novamente para tentar ajudar Snow e Encantado. Foi saudoso trazer esse frescor da primeira temporada. Once Upon a Time não precisou nunca se reinventar, o seu maior desafio é manter sua simplicidade. Isso é o que torna a série tão mágica.
Emma precisava se enxergar como parte da família, passar por tudo aquilo no passado para entender onde é o seu lugar. Gold e Bela se casam. Regina sofre um baque ao descobrir que Marian, a esposa de Robin está vivinha da silva. Acho que ela continua boa. Vou apostar nela.
4º ano rumo a Frozen e que a essência de OUAT continue.
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