A morte de Glee?
Não entendi o propósito desse reboliço. Digo reboliço, pois essa quinta temporada de Glee está meio ao vento, com decisões criativas ruins sobrepondo-se às boas. Agora algo que poderia surtir até mesmo como uma história melhor, foi meio sem emoção.
Não consigo olhar para a série do jeito que via até o episódio dezoito da quarta temporada e etc. A reabilitação e consequente morte de Cory Monteith mudou a imagem do programa para sempre. Mas pode soar como birrinha, mas sei lá, simplesmente não comprei muitas das decisões equivocadas desse episódio, claro não supera o desrespeitoso episódio de Natal, mas tento achar algum otimismo nessa série que já me fez tão feliz.
Santana faz testes para substituir Rachel no musical Funny Girl, acho que o plot poderia ser melhor, mas optaram por trazer bullies do passado e colocar as duas em pé de guerra. Sei lá, a forma como Santana foi colocada, tomando um tapa na cara de Rachel e ainda sim cheia de inveja e recalque, não foi o melhor momento da personagem.
Kurt foi outro como uma trama duvidosa e querendo colocar Elliott como um ditador da banda e depois querendo ser o mediador. Soou hipócrita, mas já tava tudo desandado.
Em Lima, Tina e Artie disputam para ser orador da formatura. A baixaria foi tanta que envolveu o mijo de Sue e Tina empurrar Artie da cadeira. Sem contar os outros personagens avulsos e esquecíveis. Tipo, desalinhado, sabe? É minha impressão com um roteiro como esse. O episódio até começou mais agradável para mim, mas não consegui engolir da metade para frente.
Não vou ser um fã chiita, Cory morreu e a série precisa seguir em frente assim como o público, mas também é necessário uma edição interessante que não deixe as sequências musicais todas como um clipe. E colocar os personagens em situações realmente proveitosas. Pois nem Breakaway da Kelly Clarkson salvou o dia.
Brave foi até uma escolha interessante com boa interpretação de Lea e Naya. Don't Rain On My Parade em versão latinizada por Naya foi sedutora e ousada por pegar uma música icônica de Berry na boca da rival. Mas não senti Rachel sendo arrogante com Santana para desencadear o que o roteiro calculou. Dali para frente as chances de me empolgar esse episódio foram para a cucuia. Sei que o quadro julgando mais imparcialmente não é nem tão incompetente pois Glee tem ótimos atores no núcleo de NY e Ohio.
Até Becky ficou um tom acima com a piada de bunda, acho que simplesmente perdi a paciência quando achei que viria a luz dos primeiros episódios da temporada. Desde então tivemos a forçação de barra do Twerk de Miley Cyrus, o bizarro episódio dos fantoches, o natal mais descontrolado do século e agora Santana e Rachel inimigas? Acho que a storyline da temporada é a mais fraca de todas as temporadas nesse momento.
Chega o episódio 100 em breve com a aparição de personagens saudosos e é apesar de tudo um cala a boca para pensarmos que está tudo bem com a série. Mas, não está tudo bem. Está um suplício. Fui otimista, a situação exigia isso, mas nesse instante é pura crítica e nenhum otimismo. De algum jeito vou finalizar a temporada, mas precisava desse desabafo. Se os fãs podem apoiar um seriado até diante de escolhas criativas péssimas, também podemos descer o tijolo nele. Merecemos bem mais.
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