Grey's Anatomy - 4x08 Forever Young

O hospital de Miranda Bailey e um passeio aos nostálgicos anos de colegial.

Chegamos a um ponto em nossas vidas em que nos tornamos oficialmente um adulto. De repente, já temos idade suficiente para votar, para beber, e para integrar outras atividades adultas. De repente, as pessoas esperam que voce seja responsável, sério... um adulto. Nós ficamos mais altos, nós ficamos mais velhos. Mas será que nós realmente crescemos?

Bailey conquistou os fãs da série logo em sua primeira(e para muitos a melhor leva de episódios da série) temporada. Durona, compassiva, mãe, esposa, dedicada, fria e visceral, um composto nunca antes visto na TV. Portanto, nada mais justo que vê-la sorridente assumir uma função feita sob medida para ela.

É o momento dela então vamos as regras de Miranda para o Seattle Grace Hospital: nada de chroadeiras no vestiário, um ambiente mais profissional e sem sexo no quarto dos plantonistas. Um recado para boa aprte da equipe.

Derek encontra Sidney no bar do Joe e até que se diverte com a zen-irritante-de-bem-com-a-vida residente. Sob gratas e cômicas intervenções de Mark a poucas mesas de distância.

George e Meredith evitam Izzie e Derek, respectivamente. Um acidente envolvendo estudantes numa excursão traz alguém do passado da mais nova chefe dos residentes.

Marcus, um amigo do ensino médio de Bailey. Mark, Alex e Callie cuidam de uma menininha fútil que grita pelos corredores em plena maca que precisa do rosto perfeito para um campeonato de cheerleading.

Sloan diz como se alguém tivesse interessado em saber, que jogou futebol no colegial. Non-sense total. O safado ainda troca piadinhas com Alex sobre o traseiro da paciente adolescente. Yang consegue voltar a ser pupila de Hahn que desrespeita Bailey meia dúzia de vezes(afinal não é a toa que ela é a nova Burke).

Thatcher aparece no hospital e faz furdunço. Lexie pede para Alex não se envolver mais no âmbito da sua família e ele sem saída conta a Meredith que ele deu entrada no SGH bêbado.

O episódio mostra mais uma vez o que Shonda Rhimes esqueceu durante boa parte do terceiro ano do seriado. O poder de Grey's Anatomy em evocar os temas mais poderosos e diversos do ser humano do seu roteiro trabalhando procedimentos cirúrgicos, mas trivialmente falando de amor, esperança, lealdade, integridade, superação e regado a um drama de fazer o queixo cair e esquecer como se respira.

George questiona a importância de Marcus no passado de Miranda. Thatcher e Meredith colocam os pingos nos is e o clima pesa ainda mais quando ele lhe informa que a data em questão seria o aniversário da pobre Susan. Callie se reergue das cinzas perante a decadência de Gizzie, agora terminado.

Mesuras, trejeitos, estereótipos, frustrações, membros serrados..nas últimas semanas, Shonda e sua equipe de roteiristas tem propondo a todos nós reflexões íntimas em meio a calorosas e tensas situações do hospital mais assistido da década.

Forever Young é um trunfo por coroar esta bela reinterpretação de valores em meio a caóticas situações de vida ou morte. E é isso que mantém Grey's Anatomy. É válido que a premissa se mantenha viva.

Mas só para constar e não é uma crítica real, o lugar de Derek Shepherd e Meredith Grey é juntos. Outra premissa que deve ser mantida. E em segundo lugar e isso está mais para uma exigência: deem logo um Emmy a Chandra Wilson pois ela ilumina a tela como Bailey e é o retrato mais exímio da dualidade e verdade em cada um dos personagens do seriado. Excepcionalmente.

De algumas maneiras, nós crescemos: nós temos famílias... nós casamos, divorciamos... mas na maior parte das vezes continuamos coms os mesmos problemas de quando tínhamos 15 anos. Não importa o quanto cresçamos, envelheçamos... Nós ainda estamos sempre tropeçando... sempre enlocubrando, sempre... jovens.