Tapa na cara e manipulação.
Enquanto J.R. – O MITO – desfruta de uma temporada num SPA planejando seus próximos movimentos contra Cliff Barnes, a vida em Dallas não para e fica cada dia mais interessante. Também, pudera. A família Ewing e todos os seus agregados adoram um bom drama e não descansam em sua função de nos mostrar que caráter duvidoso é algo genético, mas que deve ser praticado até que se chegue à perfeição.
Muita gente entrou em pânico (oi?) na semana passada, arrancando os cabelos porque J.R estava deixando a série e largando todas as falcatruas nas mãos de John Ross. Medo bobo, por enquanto, afinal, John Ross pode até ter tudo para ser um grande canalha, mas ainda faltam muitos anos de prática ao rapaz. Prova disso é que J.R lixa as unhas e ganha massagens enquanto o filho fica em Southfork, no meio de uma tremenda briga de foice, sendo obrigado a se virar sozinho. J.R é o tipo de pai atencioso ou não? John Ross ainda não perdeu totalmente seus escrúpulos e deve começar a se desprender desse tipo de coisa.
Fico com a impressão de que ele está no caminho certo, usando seus “assessores” para serviços sujos e manipulando a própria mãe. Sue Ellen cai direitinho na conversa mole do filho e começa a corromper sua eleição para governadora de antemão. Achei que Ryland, o ex-marido de Annie, pediria favores sexuais a Sue Ellen, em troca de seus caminhões. Pode até não ter acontecido agora, mas não vamos retirar as probabilidades.
Ao mesmo tempo, Rebecca surge com mais um maravilhoso documento perdido e que destrói os planos de J.R, John Ross e de metade do elenco malvado. Fico esperando pelo momento em que outro documento, datado da Idade Média, vai invalidar a compra da fazenda e a utilização dos recursos minerais, que pertencerão a algum senhor feudal com descendentes ainda vivos. Talvez Rebecca e Tommy sejam esses descendentes, porque a interferência deles na família Ewing ficaria explicada de uma vez por todas.
Claro que Rebecca tinha que ser essa quenga involuntária que engravida do próprio marido e começa menstruar pelo nariz. Golpe da barriga é algo até bem batido, mas gostei. O lance entre Elena e Christopher tem mais que ir para o buraco mesmo, simplesmente por ser muito chato. Elena, que se acha muito maravilhosa, acaba sendo a pessoa mais burra da série.
Primeiro porque armou um casamento secreto completamente desnecessário. Convenhamos que os Ewing a adoram e ninguém tentaria impedir que ela e Christopher casassem. Depois por acreditar num e-mail que recebe do noivo na véspera da coisa toda, não tendo a capacidade de ligar para o cara e tirar satisfação dessa palhaçada. Isso sem falar no fato de que ela não tem o menor talento para julgar caráteres e a incrível habilidade de sempre acreditar na pessoa errada. Até aqui, Elena está uma perfeita mosca morta.
Resta saber como Christopher vai lidar com a notícia de que vai ser papai do filho de uma golpista, mas sem isso não poderiam fazer outro remake de Dallas daqui uns 20 anos. Outra coisa intrigante foi o ataque de pelanca de Annie diante daquele colar. Deve ser de algum filho ou filha dela que morreu tragicamente, porque nada mais explica aquela choradeira e o olhar vazio ao colocar a corrente no pescoço.
Dá para notar que Bobby ainda vai descobrir novidades sobre a esposa, mas dou a ele o crédito pela melhor cena do episódio. O homem, afinal, está sobrevivendo com meio intestino, mas ainda tem “guts” (#trocadilhobesta) de invadir o escritório de Ryland e estapear-lhe as fuças na frente de sócios e investidores. Já não basta a luta contra J.R e outras criaturas megaevil. Para Bobby, quanto mais inimigos, melhor.
Review feita por Camila Barbieri.
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