quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Ritos de passagem
Hoje participei de uma competição gerencial em Bangu, juro que não fui visitar nenhum parente detento, eu não tenho nenhum(pelo menos que eu saiba) que esteja em Bangu 1 ou 2.
Em algumas culturas e povos, assim como tribos minúsculas e grandes nações, são comuns ritos de passagem. Nada como o fechamento de um ciclo e o começo de uma nova etapa.
Em alguns casos, a maturidade é interpretada como atingida ao se cometer um assassinato brutal, em outras após ter a primeira relação sexual. E no caso dos trabalhos, é quando te jogam em sinuca de bico para representar um time, de uma hora para outra.
Na nossa cultura brasileira, somos mais valorizados ao conseguir o dinheiro de nossas próprias mãos, mas dinheiro é só uma forma de troca, é só papel, são só moedas, será que realmente evoluímos a partir do que somos como seres pluralmente conceituais?
Ou nossa sociedade, nossa identidade não mudou nada desde os tantos ritos de passagem que remetem a sistemas feudais e choques de opinião? Vamos a faculdade para adquirir maior conhecimento ou só para afirmar que somos muito bons?(Metidos).
Ninguém faz nada sozinho nessa vida. É outra característica importante dos ritos de passagem, até mesmo para ir para o estágio seguinte de aprovação, de mérito, você precisa que alguém indique o caminho. Não precisa ser caçando animais mutantes como em Avatar dizendo: Eu vejo você. Muito menos gastar créditos e mais créditos mandando torpedos sobre absolutamente nada.
Não precisa virar e colocar no Facebook: Vou peidar em 3,2,1. Peidei.
Não é preciso sambar na cara de todo mundo dizendo quão sabichão você é, mas o mais importante de todos os ritos, nenhum te faz forte o suficiente, nem o conhecimento adquirido te deixa inalcançável. Ok?
É como se o que você conhece da vida dia após dia, não garante que você seja superior. Não existe gente superior, existe gente com necessidade em se afirmar o tempo todo. Acorda, tanta "gente" com problema pior do que o seu, tentando sobreviver mais um dia.
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