sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Aftermath, the graduate begins


Uma amiga me disse que tem que ser no mínimo um jornalista muito bom para ser agredido no primeiro dia de faculdade de jornalismo.

Segunda acelerada e o que vem depois? Uma agressão desnecessária para mim que ganhei uma saraivada de moedas na cara por causa de uma casquinha. Para a moça que me atacou, deve ter sido aliviante. A gente fala em violência, mas só quando vivemos é que sentimos como o ser humano é passional, imprevisível e tão interessado em si próprio que sai promovendo um verdadeiro efeito dominó. Não é só falta de respeito agredir o outro, é incrível como acham que os funcionários do McDonald's são seres impensantes e desprovidos de sentimentos. Foi desse jeito que acabaram criando o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, o dia que traz a memória a chacina das colônias indígenas norte-americanas.

Terça, começou também cedo, nova galera, um novo espaço e aula de introdução às profissões de comunicação, com um tour ao complexo de comunicação exclusivo da Estácio, com uma parada no setor do jornal impresso, da rádio e da TV, cujo boletim, um colega informou muito bem. Na vez da menina falar o boletim, estranhei sua boa dicção e tinha um propósito. Ela era uma aluna do quarto período, que acabou sendo contratada pela universidade e cobriu o Rock in Rio em outubro do ano passado.

Na quarta, faltei a aula de fotografia e a de economia(na minha folga), para ir num evento do trabalho, um quiz de perguntas e respostas na Avenida Brasil(não a novela). Ganhei o bronze(mais uma para o Brasil que está em 26ª posição). A tarde comecei a sentir pontadas na costela conforme eu tossia(lembram que fui medicado, né?), pois bem, minha coroa estava certa, estava com pneumonia e o negócio foi tomar injeção na veia.
O raio-X mostrou uma mancha que se espalhou pelo pulmão causando a dor insuportável.

Lá pela uma da madrugada, tomei um dos novos medicamentos receitados, um para tomar um comprimido a cada 24 horas e tipo pela manhã, minha mãe esqueceu da posologia do remédio e me deu outra dose.
O que me levou na quinta a assistir a aula de Marketing em estado de torpor. Teve trote da galera do segundo período. Quem disse em trote? Chegam fingindo ser alunos repetentes numa atuação de primeira que me fez questionar pela segunda vez se estou fazendo artes cênicas. Querem formar a primeira atlética da Estácio(tipo uma olimpíada universitária para angariar fundos), sem chance de eu reviver minhas participações patéticas em esportes, nem se eu não tivesse sob efeito de pílulas anti-alérgicas.

O que me conforta é que viver essa experiência mágica de chegar à faculdade foi confrontado com uma semana de desafios paralelos. Como reagir??? Quando é a hora de parar o barco depois de remar por tanto tempo?
Em meu grupo fantástico de maluquinhos de Comunicação, tem uma loira carismática blogueira e entusiasta em paparicar sua cadela Baby, um cara famosinho do mundo das convenções de anime e finalista de campeonatos de guitar hero, um admirador do setor esportivo radialista, uma atriz convencida em ter outro diploma, um cara com experiência em artes gráficas, uma garota com passado e presente artísticos interessadíssima em editoração e eu, com meu séquito de maluquices e minha tara clara por jornalismo. Depois da matemática, pelo menos no meu curso, é que a graduação de verdade começa, se inicia com as badaladas do boletim diário de notícias do campus, com o mundo estourando em um eclipse implosivo, com alunos de direito torcendo os olhos para a galera falante de Comunicação.



A sexta se encerra com a falta de um professor e a galera me levando até o hospital. Por mais que quisessem me torturar indo a uma praça de alimentação conhecida. O trabalho não vai vir na frente da minha saúde. Estava esgotado, no reset. Por isso fiquei mal. Pra quem achou que ia ser difícil de eu me enturmar, não foi nada difícil de aprender a conviver com esses doidos. Estou no caminho certo, agora é parar de digitar para o analgésico fazer efeito e também por que a dose das três de amoxicilina composta me deixa com uma flatulência horrível. O correio chega e deixa minha caixa de fascículos textuais, tem até meu nome na caixa. Desligando que a coerência ficou lá na segunda feira. Mas sei que não estou sozinho, pois Deus não se esquece de mim. Ele está sempre presente, online a todo instante.

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